Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região

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Setor pesqueiro decide paralisar as atividades no começo do mês de janeiro

O motivo da paralisação marcada para o dia 05 de janeiro é a publicação de uma lista de espécies de pescado em extinção divulgada pelo Ministério do Meio Ambiente no último dia 17 de dezembro.  Na lista estão pescados de alto valor comercial, como: cação, bagre, abrótea, garoupa, atum e raia.
Segundo a determinação do Ministério do Meio Ambiente a partir de agora a captura destas espécies está permitida pelos próximos seis meses, depois o setor tem 30 dias para fazer a declaração de captura e mais um ano para comercializar o pescado.  Para o presidente Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região – SINDIPI, Giovani Monteiro esta decisão é arbitrária, não houve transparências por parte do Ministério em relação ás informações pesquisadas e o que foi divulgado nos relatórios não é a realidade das pesquisas a bordo feita pelo Sindipi em parceria com a Universidade do Vale do Itajaí – Univali.
Para tentar chamar a atenção do Governo Federal uma paralisação foi agendada para o próximo dia 5 de janeiro, quando embarcações vão fechar o canal da barra em Itajaí. A previsão é que cerca de 10 mil pessoas participem do movimento. Além de Itajaí, o movimento acontece simultaneamente na cidade de Laguna. A mobilização começa às 9h. Outras regiões do país devem se unir ao movimento comandado pelo Sindipi.  A previsão é que pescadores e empresários do Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro também façam parte do movimento.
A paralisação do dia 5 de janeiro foi definida durante uma assembleia na tarde desta terça-feira (23), na sede do Sindipi em Itajaí. A lista de espécies ameaçadas de extinção deveria ter sido publicada no mês de novembro. Na época, representantes do Sindipi estiveram em Brasília e conseguiram por meio de uma articulação política com o Conselho Nacional de Pesca e Aquicultura – CONEPE e o Conselho Nacional da Pesca e Aquicultura - CNPA o cancelamento da publicação.
Agora o setor espera sensibilizar o Governo com a paralisação marcada para o dia 5 e também com um pedido para suspensão da portaria. O setor jurídico do Sindicato também deve entrar com uma ação judicial pedindo a revogação da portaria.