Pescadores desistem de ocupar prédio da Superintendência Regional do MPA

A demora na emissão das licenças para a safra industrial da tainha, que começa no dia 01 de junho, deixou pescadores de Itajaí e região impacientes. Trabalhadores e armadores de pesca estavam aguardando para esta segunda-feira (25), a divulgação dos nomes das embarcações que vão poder atuar na safra deste ano. Mas até a manhã desta terça-feira (26), nenhum dado havia sido divulgado pelo Governo Federal. Por causa da demora, os pescadores estavam ameaçando ocupar a Superintendência Regional do Ministério da Pesca, em Florianópolis.
Devido a esta ameaça, foi realizada nesta tarde uma reunião com os pescadores e armadores que atuam na modalidade de cerco. O encontro foi realizado na sede do Sindicato dos Armadores e das Indústrias de Pesca de Itajaí e Região – Sindipi, e o Ministério da Pesca comunicado sobre a possibilidade de uma ocupação da Superintendência.
De acordo com o Presidente do Sindipi, Giovani Monteiro, este ano 50 embarcações terão permissão para capturar tainha. Essas licenças serão divididas com empresas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro. A informação que o presidente recebeu de representantes do Sindipi que estão em Brasília para tentar agilizar o processo de liberação, é que 31 embarcações já teriam passado pelo processo de avaliação e estariam aptas para trabalhar na safra. “É importante que o Governo entenda que demora muito para preparar um barco para sair para o mar. Hoje, quem está na disputa pelas 50 licenças, também trabalha na pesca da sardinha. Você tem que armar, preparar a rede, trocar a rede, então o Ministério tem que ser ágil para que a safra não seja ainda pior. A modalidade de cerco já perdeu 10 embarcações, já que houve uma redução de 60 para 50 licenças e o período também foi reduzido em 15 dias, esse era o pleito. Conseguimos junto ao ministério que pelo menos as licenças desses 31 barcos analisados sejam emitidas ainda hoje e ficamos aguardando para esta quarta-feira (27), a liberação das outras 19”, explica Giovani. 
A demora no anúncio dos contemplados com as licenças cria ainda uma insegurança para dez empresas, que no ano passado participaram da safra e este ano por causa de uma intervenção da justiça estão fora. Com a informação de que até amanhã a situação esteja completamente resolvida os pescadores desistiram de viajar até Florianópolis.