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Ex-assessor Técnico do Sindipi assume Diretoria Industrial da Pesca no MPA
A publicação oficializando o nome de Roberto Wahrlich como Diretor da Pesca Industrial (DPI), da Secretaria de Planejamento e Ordenamento Pesqueiro do Ministério da Pesca, saiu nesta segunda-feira (13). A partir desta semana, Roberto terá como desafio profissional a implantação do ordenamento pesqueiro no Brasil, que precisa contar com apoio de pesquisadores e da indústria. “Vamos ter que resgatar o que foi perdido ao longo dos anos, já que estamos vivendo um momento crítico. Hoje o Brasil não conta com nenhum acompanhamento sistemático. Existem sim, muitas normas de proteção ao meio ambiente e as regras de ordenamento pesqueiro são as mesmas que nós tínhamos há dez anos. Neste tempo algumas normas relacionadas a pesca foram instituídas, mas todas elas com o aval do setor ambiental”, destaca Roberto.
Segundo o profissional, este processo de estruturação já começou. O primeiro passo foi à garantia, por meio da secretaria, de recursos mínimos para investir na implantação dos Comitês Permanentes de Gestão Pesqueira. Os chamados CPGS serão os responsáveis pela parte de pesquisa e dados de diversas espécies de pescado, como por exemplo, o comitê de sardinha e afins que deve ser oficializado ainda neste mês. O professor Roberto leva para a Diretoria da Pesca Industrial, uma experiência de mais de 20 anos na área de oceanografia e na atuação direta no setor da pesca, não em laboratório, mas dentro de embarcações em alto mar.
Depois de formado, o professor atuou na Reserva do Arvoredo, em Florianópolis- no CEPSUL, quando ainda era um centro de pesquisa e, na sequência, em 1997 passou a integrar o quadro de professores da Universidade do Vale do Itajaí. Há 17 anos está na instituição e cerca de sete anos na coordenadoria técnica do Sindicato dos Armadores e das Indústrias de Pesca de Itajaí e Região – Sindipi. Por causa do convite para assumir o cargo, o professor deixa o cargo na coordenadoria técnica do Sindicato e também conseguiu junto a Univali uma licença não remunerada. “Foi uma decisão difícil, mas vejo isso como uma oportunidade única dentro da história do Ministério da Pesca. Colocar um ministro que valoriza o conhecimento e a técnica e aposta nisso, é um diferencial. Isso ainda não tinha acontecido, então tudo aquilo que para mim era decepção agora tem um novo olhar”, explica o professor.
Para o Presidente do Sindipi, Giovani Monteiro, a nomeação de Roberto é uma conquista para o setor pesqueiro catarinense. Nos últimos anos o Ministério da Pesca não contava com pessoas que entendiam da pesca na região sudeste/sul, que é uma pesca similar entre todos os sindicatos. É uma pessoa conceituada no meio da academia, entende muito do setor, conhece a realidade e a problemática da gestão pesqueira. “Nunca o Ministério teve um poder técnico como o que foi organizado pelo Ministro Helder Barbalho. Se o setor não avançar agora não vejo outra alternativa. O que estamos vivenciando hoje com estas indicações é um sonho”, lembra Giovani Monteiro.