Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região

Notícias

Embarcações industriais da pesca da tainha devem retornar do mar até meia noite desse domingo.

A medida foi estabelecida em votação, por unanimidade, em reunião extraordinária realizada na tarde deste sábado (09), no Sindipi. Para o Presidente do Sindicato, a parada da pesca da tainha visa manter uma safra sustentável, que não prejudique as pescas dos próximos anos. É que dessa vez, o pescado apareceu em abundância e as embarcações conseguiram uma quantidade considerável de tainha, em cerca de 10 dias.
“Esse ano conseguimos que mais barcos pesquem e queremos cumprir a questão da cota. Tivemos uma super produção de pescados, estamos satisfeitos e agora vamos respeitar o que prometemos. Por isso, estamos pedindo para os associados para que parem a pesca, para honrarmos o nosso trato. Com certeza com o que sobrou vai se reproduzir e ano que vem teremos bastante novamente”, explica o presidente José Jorge Neves Filho.
Os números ainda não chegaram ao limite da cota de 2221 toneladas. As 13 embarcações que receberam as licenças na última semana terão 72 horas para a pesca da tainha. “Podemos pescar, mas por medida de segurança já estamos tendo consciência para não ultrapassar a cota. Essa safra superou a expectativa, o peixe vem de fora e o tempo ajudou. Além disso, esse ano está diferente com o sistema novo de cota, então a gente prefere optar pela pesca sustentável, pescar menos e ganhar mais. Não adianta extrapolar e ano que vem não poder pescar”, lembra Agnaldo Hilton dos Santos.
O volume do pescado também alterou a rotina da indústria, que hoje não consegue processar rapidamente o que vem do barco e pode levar até 2 dias para processar. Para o diretor industrial Antônio Linelli, a safra da tainha é o período em que a empresa se recupera. “As empresas já vem amargando um prejuízo enorme e ainda tem muito peixe lá fora. O volume é alto e a cota é pequena. Em 10 dias a safra está com um volume muito grande e parando essa safra, dentro de 3 dias as empresas estão paradas em relação à tainha”.

 

Foto: Almeri Cezino