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Brasil defende manutenção da cota de albacora bandolim na reunião do Painel 1 da ICCAT
Terminou hoje (31), a 1ª Reunião Intersessional do Painel 1 (Atuns Tropicais: albacora-bandolim, albacora-laje e bonito-listrado) da Comissão Internacional de Conservação dos Atuns do Atlântico (ICCAT). Durante a reunião, a delegação brasileira defendeu a manutenção da cota de captura para a albacora bandolim de 6.043 toneladas para o país.
As negociações iniciaram com a tentativa de estabelecer uma cota de captura global para a albacora-bandolim, que atualmente é de 62.000 t, para em seguida dividir a cota entre os países. No decorrer da reunião, o Brasil apoiou a nova proposta do Japão e da África do Sul (pode ser lida aqui), que traz uma cota global de 73.000 t e alocação de 6.224 t para o Brasil no ano de 2024.
Vale destacar que quanto maior for a cota global, maiores serão as responsabilidades dos países sobre o recurso pesqueiro, tendo medidas adicionais para garantir a pesca sustentável da espécie ao longo dos próximos três anos. "Estas medidas não são claras e não possuem o respaldo dos científicos, o que traz diversas incertezas para as negociações", avalia a oceanógrafa da Coordenadoria Técnica do SINDIPI, Luana Mallmann Specht, que acompanha todas as reuniões.
O Encontro do ICCAT terminou sem um consenso entre as Partes Contratantes do Painel 1 a respeito da cota global para o bandolim.
As negociações continuarão entre os dias 20 e 22 de junho, quando será realizada a 3° Reunião Intersessional do Painel 1 da ICCAT.
O SINDIPI tem reiterado a cobrança ao MPA (Ministério da Pesca e Aquicultura) para a retomada das reuniões dos CPGs (Comitês Permanentes de Gestão) Atuns e Afins, uma ação primordial para internalizar as regras e garantir o cumprimento dos acordos internacionais.