Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região

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Bangladesh:600 barcos de pesca antes do ciclone e agora cem estão naufragados ou perdidos; cultivo d

CLIPPING SINDIPI II

ITAJAÍ, 19 DE NOVEMBRO DE 2007

 

Bangladesh : 600 barcos de pesca antes do ciclone e agora cem estão naufragados ou perdidos; cultivo de algas marinhas atrai novos peixes; Projeto de Barra do Furado; Biodiversidade aquática pode ter política de preservação; RS exporta carne de siri

 

pesca

Terra Últimas

19/11 10:48

Bangladesh pede ajuda internacional e alerta para risco de epidemias

     Bangladesh fez hoje um pedido de ajuda à comunidade internacional para as vítimas do ciclone "Sidr", que estão em uma situação desesperada devido à falta de água potável, comida e abrigos, e diante do crescente temor de um surto de epidemias.

      "Estamos fazendo tudo o que podemos, mas a magnitude da calamidade foi, simplesmente, grande demais", assegurou em comunicado o ministro de Assuntos Exteriores bengali, Iftekhar Ahmed Chowdhury, que se mostrou confiante em que o país receberá ajuda internacional em uma "hora de necessidade".

      O "Sidr" ("Olho", em bengali) arrasou na noite de quinta-feira a costa de Bangladesh com ventos de 233 km/h que causaram uma elevação de cinco metros do nível do oceano e destruíram centenas de milhares de casas e cultivos precários.

      Embora a apuração oficial indique até agora 2.402 mortos e 1.063 desaparecidos, o secretário-geral do Crescente Vermelho, Abdur Rob, disse no domingo que os mortos poderiam chegar a 10 mil.

      Um funcionário da organização calculou em 7 milhões o número de desabrigados pelo ciclone.

      Tanto o Crescente Vermelho como o Governo de Daca advertem agora que as vítimas do "Sidr" enfrentam o risco de epidemias nos próximos dias, principalmente devido às más condições sanitárias.

      "Por enquanto, não há notícias de epidemias, mas o risco é real.

      Estamos trabalhando para evitá-lo, sobretudo fornecendo água potável", assegurou à Agência Efe um delegado da organização.

      "Há risco de epidemias, e as pessoas continuam precisando de água, comida e abrigo", disse um funcionário do Centro de Controle de Bangladesh, vinculado ao Ministério de Gestão de Desastres.

      Considerado pelos meteorologistas um dos piores ciclones dos últimos anos, os efeitos do "Sidr" foram reduzidos porque ele tocou a terra com a maré baixa e porque as autoridades iniciaram a tempo um plano de evacuação que atingiu cerca de 3,2 milhões de pessoas.

      Mesmo assim, os danos foram numerosos, e as organizações de resgate e de ajuda continuam nos locais atingidos, com o apoio do Exército.

      Hoje, as equipes de resgate conseguiram chegar a uma das regiões mais remotas, a ilha litorÂnea de Dublarchar, no sul do país, que foi uma das mais atingidas pelo ciclone.

      "Enviei meus funcionários para Dublarchar com material de ajuda e remédios. A normalidade está voltando lentamente, e hoje os pescadores saíram para pescar, segundo me disseram", afirmou o comissário do distrito de Bagerhat, Sahidul Islam.

      No entanto, o oficial Habi Hassan contou à Efe por um telefone via satélite que a situação na ilha é desoladora e ressaltou que ainda há corpos flutuando nas águas da região, com entre 350 e 600 pessoas desaparecidas.

      Em Dublarchar, a magnitude do drama é maior porque a ilha serve de base de operações para os pescadores durante seis meses no ano, a atual temporada de pesca, mas quase não há locais de refúgio, e eles contam apenas com alguns canais para sua proteção.

      "Aqui havia 600 barcos de pesca antes do ciclone e agora cem estão naufragados ou perdidos inclusive no interior da selva, porque a elevação do nível das águas os arrastou. Não há números oficiais, só corpos na selva. Foi um desastre total", disse Hassan.

      O funcionário afirmou que 150 pessoas morreram em Dublarcharque, entre elas o chefe da confraria dos pescadores, Jagannath Das, que, segundo o jornal "The Daily Star", preferiu ficar em sua casa de bambu, sentado sobre sacas de peixe, até que as ondas do mar o levassem.

      O caso de Das, que já foi enterrado, reflete a situação de muitos aldeães, que tinham perdido a confiança nos meteorologistas, depois que vários alertas - incluindo o anúncio de possível tsunami - não se concretizaram.

      "Há dois anos, nos disseram que morreríamos quando chegasse o tsunami. Corremos para os refúgios sem pensar duas vezes. Mas não aconteceu nada e, quando voltamos, nossas casas tinham sido saqueadas", contou ao jornal Anwara Khatun, que perdeu a mãe e dois sobrinhos com o "Sidr".

      O Exército de Bangladesh e as ONGs iniciaram a distribuir porções de arroz e água potável na maioria das áreas afetadas, no sul e sudoeste do país, que foi atingido por 80 ciclones nos últimos 125 anos.

      No entanto, na isolada Dublarchar, os habitantes continuam brigando para obter água potável. "Já quase voltamos à normalidade.

      Mas nunca tinha visto tanta devastação", disse à Efe o comissário Islam.

 

 

pescados

JB Online Economia

19/11 10:11

Alimentos puxam IPC-S para baixo

     SÃO PAULO, 19 de novembro de 2007 - O grupo Alimentação foi o principal responsável pelo recuo do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) de 15 de novembro de 2007. O grupo passou de uma aceleração de 0,39% na semana anterior para 0,02%. Os principais destaques neste grupo foram frutas (5,22% para 1,91%), hortaliças e legumes (2,59% para 0,46%) e adoçantes (-4,91% para -5,34%). A desaceleração desta classe só não foi maior em função dos acréscimos registrados nas taxas dos itens carnes bovinas (2,14% para 3,13%) e pescados frescos (1,20% para 1,33%).

      Os dados foram revelados nesta manhã pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

      (Redação - InvestNews)

Legislação

Agência CÂmara de Notícias Últimas Notícias

16/11 15:27

Biodiversidade aquática pode ter política de preservação

     Elton Bonfim Antônio Roberto: existe "um vácuo legal, especificamente sobre a conservação da biodiversidade." Está em análise na CÂmara a criação da Política de Conservação da Biodiversidade Aquática, prevista no Projeto de Lei 1253/07, de autoria do deputado Antônio Roberto (PV-MG). O projeto, segundo o autor, complementa os demais instrumentos de gestão dos recursos hídricos e efetiva a proteção ambiental e a utilização racional deles. A proposta especifica quatro princípios para a política: - preservação e conservação da biodiversidade das águas continentais, interiores e marinhas brasileiras; - gestão e uso integrado dos recursos hídricos, da flora e da fauna aquáticas; - cumprimento da função social e econômica da pesca; e - exploração sustentável dos recursos pesqueiros nacionais. Sustentabilidade De acordo com o texto, a gestão, o uso e a exploração da biodiversidade aquática devem ser feitos de maneira sustentável, para garantir a conservação dos ecossistemas. Além disso, as atividades de captura, beneficiamento, processamento, transporte, desembarque e comercialização dos recursos aquáticos não devem contribuir para a degradação do meio ambiente, nem causar danos à saúde humana. Entre as atribuições do Poder Executivo estão a determinação de medidas para gestão e conservação da biodiversidade aquática; a promoção da educação ambiental e do uso sustentável dos recursos naturais; incentivo e apoio a programas de educação das comunidades; valorização dos aspectos culturais da pesca; fomento à aqüicultura sustentável; e incentivo ao turismo ecológico. Modalidades O projeto divide a pesca em vários tipos: * comercial profissional e comercial ribeirinha, ambas com finalidade de obtenção de lucro; * esportiva; * recreativa; * científica; * de subsistência; e de * despesca, quando destinada à captura do produto da piscicultura e da aqüicultura confinadas. Para o exercício das diversas modalidades de pesca, exceto a de subsistência, será exigida inscrição, autorização, licença, permissão ou concessão do órgão competente. No caso da aqüicultura, o criador precisará também da respectiva licença ambiental. A validade desses documentos será definida em regulamento. A permissão para pesca comercial em águas interiores será especificada para cada bacia hidrográfica. O autor da proposta afirma que existe "um vácuo legal, especificamente sobre a conservação da biodiversidade, apesar da ampla legislação existente sobre pesca e recursos hídricos". Por isso, segundo ele, o projeto propõe uma política específica voltada para a conservação da biodiversidade aquática. Tramitação A proposta será analisada em caráter conclusivo pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Íntegra da proposta: - PL-1253/2007 Notícias anteriores: CÂmara analisa política de preservação da vida aquática CCJ aprova instalação de recifes artificiais no litoral CÂmara analisa projetos sobre gestão hídrica Reportagem - Cristiane Bernardes Edição - Regina Céli Assumpção (Reprodução autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência CÂmara') Agência CÂmara Tel. (61) 3216.1851/3216.1852 Fax. (61) 3216.1856 E-mail: agencia@camara.gov.br SR

piscicultura

Página Rural

19/11 09:39

Mato Grosso: frigorífico firma parceria com produtor de Sorriso e fomenta piscicultura

     Sorriso/MT - Uma nova atividade ganha força em Sorriso, com a instalação de um frigorífico de peixes. A empresa já começou firmar parcerias com produtores, visando aumentar a produção de peixes e garantir matéria-prima. Nessa semana, a empresa assinou contrato de parceria com o produtor e presidente do Sindicato Rural, Nelson Piccoli. Ele produzirá peixes da espécie Pintado, em tanques escavados. A primeira despesca, que é a retirada dos peixes do viveiro para abate e comercialização, está prevista para junho de 2008, quando será dado início as operações de abate da indústria.

      De acordo com o gerente responsável pela área de parcerias, Eduardo Sbaraini, a empresa fornecerá alevinos de forma subsidiada, assistência técnica na produção de peixes, com profissionais capacitados e garantia da compra do produto aos parceiros. "Estamos auxiliando e visitando as propriedades, com intuito de estruturar o planejamento da produção, com o objetivo de garantir uma boa lucratividade na atividade de piscicultura", explica.

      Para o produtor Nelson Piccoli, Sorriso ganha uma nova atividade com grande potencial de desenvolvimento. "É extremamente importante neste momento de crise do setor agrícola na região que os produtores busquem formas de diversificação de atividades, que gerem renda em suas propriedades", concluiu. O frigorífico está sendo construído no distrito industrial Novo Tempo (às margens da BR 163) na área de 10 hectares doada pela prefeitura. Serão aproximadamente 3.200 metros quadrados de área construída na primeira fase.

     

 pesca

 

Ambiente Brasil

19/11 01:20

EXCLUSIVO: Cultivo de algas marinhas no Ceará preserva bancos da espécie e atrai novos peixes

     Neide Campos / AmbienteBrasil Unir o desenvolvimento sustentável de uma comunidade no Ceará com a preservação dos bancos de algas marinhas é o objetivo do projeto SOS Algas, promovido na praia de Flecheiras, na cidade de Trairi, a 124 Km de Fortaleza. As comunidades locais retiram algas do mar desde a década de 1970, mas, a partir do ano 2000, o extrativismo deu lugar ao cultivo, numa ação desenvolvida em parceria pela Associação dos Produtores de Algas de Flecheiras e Guajirú e as ONGs Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Energias Renováveis (Ider) e Terramar. Antes do projeto, as algas marinhas eram extraídas dos seus bancos naturais ou coletadas na praia e secas na própria areia. Agora o cultivo de algas acontece em cordas, em pleno mar. O banco de algas é deixado intacto. "As comunidades de Flecheiras e Guajirú já são historicamente ligadas à algicultura e à pesca artesanal. A atividade já era uma prática comum, mas com um caráter predatório e gerando pouquíssima renda", explica a AmbienteBrasil o diretor do Ider, Jörgdieter Anhalt. Segundo ele, o início do projeto se deu pela conscientização de que o mar é importante para a vida de cada morador e que preservá-lo é uma obrigação. Na praia de Flecheiras, foi instalado o Centro de Processamento de Algas, onde elas são lavadas com a água doce - retirada do lençol freático por uma bomba alimentada por energia solar -, e desidratadas em um secador solar. O equipamento, construído na própria comunidade, seca as algas mais rapidamente e elimina problemas como pequenos animais, salinidade e areia, entre outros. A previsão dos envolvidos é que a capacidade produtiva do projeto cresça com a instalação de um novo secador solar e de novas cordas de cultivo. O aumento da qualidade do produto permitiu que a venda de alga em estado bruto para a indústria farmacêutica, cosmética e alimentícia saltasse de R$ 0,50 para 5,00. Atualmente onze famílias estão envolvidas no projeto. "Com o retorno financeiro positivo, o engajamento das famílias foi facilitado", diz Jörgdieter. Além dessas famílias, os pescadores da região também são beneficiados, já que, com a preservação do banco de algas, houve aumento na quantidade de peixes e lagostas. "Espécies que antes estavam desaparecidas do local voltaram a aparecer porque as algas fazer parte da cadeia alimentar marinha e o aumento da quantidade de algas tem como conseqüência natural a volta de espécies como o camarão, lagosta e sirigado", diz Jörgdieter. Porém, a alga não é apenas comercializada em seu estado bruto. A comunidade também a utiliza como matéria-prima para produtos diversos, vendidos aos turistas que visitam a praia de Flecheiras. Entre esses produtos, estão sabonetes, xampus, cremes, bijuterias e até iguarias cotidianas, que se tornam exóticas com as algas, a exemplo de pizzas e panquecas. De acordo com Jörgdieter, ambientalmente o projeto torna viável a exploração sustentável das algas marinhas. "Com o cultivo marinho, os bancos naturais seguem sua vocação de serem um ambiente propício para o desenvolvimento de uma rica fauna aquática". Prêmio internacional – O projeto foi um dos doze finalistas mundiais do The World Challenge, uma competição internacional promovida pela Shell, Newsweek e BBC. A escolha do vencedor será anunciada em uma cerimônia no dia 04 de dezembro, na Holanda. Concorrem com o SOS Algas, projetos da Indonésia, Nepal, Vietnã, Haiti, Peru, Afeganistão, Uganda, México e Colômbia. "Ser finalista deste prêmio já é um resultado muito positivo: mostra que no Brasil há potencial para desenvolvimento de projetos sérios que efetivamente colaboram para a melhoria da qualidade de vida da população e preservam o meio ambiente", contabiliza

terminal pesqueiro

 

Setorial News

18/11 17:38

Licença ambiental para Barra do Furado deve ser liberada nesta semana

     A licença prévia ambiental para início dos trabalhos de construção do Complexo Logístico de Barra do Furado, na divisa entre os municípios de Campos e Quissamã, na Região do Norte fluminense, deve ser liberada nesta semana, de acordo com a Prefeitura de Campos. Os serviços devem começar com a remoção do banco de areia no Canal das Flechas. De acordo com o secretário de Petróleo e Bioenergia de Campos, Renato Barbosa, a emissão da licença prévia permitirá que o consórcio formado pelas prefeituras de Campos e Quissamã realize o by-pass, que é a remoção da areia que, no decorrer de décadas, assoreou o leito do Canal das Flechas prejudicando a navegabilidade de barcos pesqueiros no acesso ao mar. O projeto de Barra do Furado compreende um estaleiro, um porto, um terminal pesqueiro e logística para as operações offshore na Bacia de Campos. O Relatório de Impacto Ambiental do empreendimento já foi apresentado à comunidade campista e quissamaense, na Audiência Pública apresentada pelo presidente da Comissão Estadual de Controle Ambiental (Ceca), Antônio Carlos Freitas de Gusmão.

camarão

Global 21 Notícias

18/11 16:01

EXPORTAÇÕES II - RS exporta carne de siri aos EUA

      Cooperativa pretende embarcar 1 tonelada por mês. Preços em alta elevam ganhos de pescadores.      Siris capturados nas águas do estuário da Lagoa dos Patos, em Pelotas, estão sendo servidos em mesas de restaurantes dos Estados Unidos. A exportação do produto é mais uma investida da Cooperativa de Pescadores Lagoa Viva, que reúne 410 dos 1,3 mil pescadores da Colônia Z-3 para expandir o mercado do pescado produzido no sul do Estado. Em outubro, a organização firmou contrato de fornecimento do crustáceo com uma empresa exportadora de Rio Grande, que abastece o mercado norte-americano. Desde então, já foram produzidos e entregues 500 quilos do produto. A expectativa dos pescadores é atingir produção média de uma tonelada por mês. A primavera tem sido fria, o que dificulta a captura do siri, mas, com a entrada do verão, esperamos aumentar a produtividade, explicou o presidente da cooperativa Everaldo Motta.

            A temporada de captura do siri vai até abril. A produção abaixo do esperado, no entanto, tem garantido maiores lucros aos pescadores que têm comercializado cada quilo por R$ 0,90. O preço é 11% maior do que o obtido no ano passado quando o produto era entregue por R$ 0,80/Kg.

            A produção de siri começou a atrair a atenção dos pescadores da Z-3 somente há dois anos, quando um primeiro contrato experimental para exportação foi firmado com uma indústria rio-grandina. Desde então, o negócio é visto como uma alternativa de renda nos períodos que antecedem a safra do camarão (realizada de fevereiro a maio). Em termos de preço, o siri tem rivalizado com espécies tradicionais como a corvina e a tainha. Na safra 2006/2007, por exemplo, cada quilo de corvina foi comprado por R$ 0,80, e a tainha não superou a casa de R$ 1,00/Kg.

            Para a cooperativa como um todo, a produção de siri tem garantido um lucro extra mensal de R$ 600,00, uma vez que cada quilo é entregue por R$ 1,20 à indústria.

            Fonte: Correio do Povo

Secretaria Especial de Aquicultura

 

Diário Popular PR Capa

18/11 01:17

Educação perde para infra-estrutura em número de emendas

     Brasília (ABr)- A construção e reformas de estradas e as obras de infra-estrutura concentram o maior número de emendas ao Plano Plurianual (PPA) 2008–2011. Das 2.818 emendas que o PPA recebeu no Congresso Nacional até o dia 1º, quando terminou o prazo de apresentação, 581 destinam-se a essa área. Em segundo lugar, aparece educação, com 199 emendas. Em seguida, estão os setores de cidades e de saúde, com 174 emendas cada. O relator do PPA, deputado Cláudio Vignatti (PT-SC), pretende entregar o relatório até esta segunda-feira, o que permitirá ao PPA ir ao plenário do Congresso até o fim de novembro. Para Vignatti (PT-SC), o fato de a educação estar na segunda posição entre os tipos de emendas indica uma mudança de mentalidade dos parlamentares. Segundo ele, os deputados e senadores passaram a considerar a área um investimento estratégico. "De fato, isso mostra o amadurecimento do Congresso Nacional e da sociedade brasileira, que estão seguindo o chamado do governo para um eixo estratégico", avalia. O deputado disse que o governo trabalha com três eixos estratégicos: a política social, os investimentos em educação e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Para ele, a pressão da sociedade está norteando o Congresso para destinar mais emendas à capacitação dos estudantes e dos trabalhadores brasileiros. "Se deixar de qualificar a mão-de-obra, de aperfeiçoar o conhecimento e a pesquisa científica e de garantir uma educação de qualidade, o Brasil não tem futuro", ressalta. "Não vamos crescer com sustentabilidade, com distribuição de renda, se não investirmos na educação." Para o parlamentar, a prioridade das emendas para o setor de infra-estrutura explica-se pelo fato de as obras apresentarem o resultado mais visível das políticas públicas. Isso, segundo Vignatti, leva a população a pressionar mais os políticos para a resolução de problemas de estradas, por exemplo. O relator, no entanto, afirma que os parlamentares estão cada vez mais preocupados com outros temas, como a segurança alimentar, a reforma agrária e a preservação da Amazônia. Apesar de apontar avanços, o deputado ressalta que alguns setores ainda são pouco valorizados, como direitos humanos e cultura, que tiveram apenas duas emendas incluídas no PPA. Ele diz que o baixo número de emendas para esses setores deve-se às prioridades do parlamento e, muitas vezes, à timidez dos pedidos feitos nessas áreas. O parlamentar também destacou a articulação política como fator que ajudou a elevar o orçamento de algumas pastas. Segundo ele, os Ministérios da Educação e da Cultura, além da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca, fizeram as articulações mais afinadas no Congresso e, por isso, terão os recursos impulsionados.