Anúncio de inclusão da corvina como espécie ameaçada põe em risco plano de gestão

Os problemas que envolvem a pesca da Corvina  (Micropogonias furnieri) estão longe de acabar. Hoje (17), durante a reunião do CONAPE (Coletivo Nacional de Aquicultura e Pesca) a espécie foi apresentada como “vulnerável” na lista de espécies ameaçadas de extinção. Até então a Corvina era considerada LC (menos preocupante). Ainda assim, desde 2022 o SINDIPI tem alertado o governo e solicitado uma plano de gestão para garantir a preservação da espécie e a continuidade da atividade pesqueira. Em março, durante a 3ª Reunião Extraordinária do Comitê Permanente de Gestão da Pesca e do Uso Sustentável dos Recursos Pesqueiros Demersais das Regiões Sudeste e Sul (CPG Demersais SE/S) o Plano de Gestão da Corvina foi aprovado. Mas até agora, o documento ainda não foi publicado.

Apesar de não ter sido oficializada, o anúncio da nova categorização do recurso volta a pôr em cheque a atividade pesqueira. Ainda na reunião, a equipe técnica do SINDIPI solicitou ao MPA (Ministério da Pesca e Aquicultura) que solicite a reavaliação da espécie com aporte de novos dados. Embora já tenha sido aprovado do CPG, a partir da publicação da Corvina na lista de espécies ameaçadas, o Plano de Gestão corre o risco de ser transformado em Plano de Recuperação, ficando sob responsabilidade exclusiva do MMA (Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima). 

O SINDIPI está mobilizado para auxiliar o MPA na revisão dos dados e garantir que o Plano de Gestão da corvina, elaborado por dezenas de representantes de diversos órgãos públicos, academia e entidades representativas do Setor industrial e artesanal - e já aprovado no âmbito do CPG Demersais SE/S - seja implementado.