Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região

Notícias

Projeto de lei aprovado que inclui peixe na merenda(SC); terminal pesqueiro em Ilha do Governador;

 

Celesc terá que manter tarifa rural para criador de camarão

      A 3ª CÂmara de Direito Público do TJ confirmou sentença da Comarca de Tubarão e negou provimento ao recurso da Celesc para garantir a Unilarva Tecnologia em Aqüicultura Ltda. a manutenção da tarifa rural de energia elétrica. A empresa, que atua no ramo de carcinicultura – desenvolvimento de larvas de camarões –, impetrou mandado de segurança contra ato do diretor regional da Celesc (Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A.) que alterou a classe de consumo de energia elétrica de rural para comercial. A criadora de camarões pleiteou o retorno à antiga classificação da tarifa sob alegação de que contratou o serviço por meio da tarifa denominada horo-sazonal, também conhecida como tarifa verde ou rural. Em primeira instÂncia, o magistrado manteve a classificação da tarifa em rural. Inconformada com a decisão, a concessionária apelou ao TJ sob o argumento de que a sede da empresa não está localizada na área rural. ``O fato de a sede da impetrante estar situada em perímetro urbano não é suficiente para justificar a alteração da classificação de consumidor ‘rural’ para ‘comercial’, já que, sua atividade comercial (carcinicultura), de acordo com a resolução da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) é classificada como agropecuária´´, sustentou o relator da matéria, desembargador César Abreu. A decisão foi unÂnime. (Apelação Cível em Mandado de Segurança nº 2006.005499-1) Fonte: TJSC

 

Folha de Blumenau Geral

15/09 11:19

Assembléia aprova lei que inclui peixe na merenda

 

     O plenário da Assembléia Legislativa do Estado aprovou esta semana o Projeto de Lei nº 20.5/007, que estabelece a inclusão da carne de peixe na merenda escolar de todas as unidades educacionais de Santa Catarina. A matéria agora depende da sanção do governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB) para virar lei. De autoria da deputada blumenauense Ana Paula Lima, (PT), o projeto, que deu entrada na Casa em janeiro deste ano, tem por objetivo garantir a qualidade da alimentação da comunidade estudantil e também incentivar o consumo do produto fartamente produzido em toda Costa catarinense. No município de Timbó, região do Vale do Itajaí, uma experiência da Secretaria Municipal de Educação ao implantar o peixe na merenda de 15 unidades pré-escolares verificou que 88,57% da comunidade estudantil aprovou o alimento. Nos municípios distantes do Litoral catarinense, a base alimentar da população não privilegia o peixe no cardápio. A média do consumo nestas áreas não passa de quatro quilos per capita/ano, de acordo com a Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca da Presidência da República. Na opinião de Ana Paula Lima, com a aprovação do projeto e a sanção do governador Luiz Henrique da Silveira, os poderes estarão lutando pela vida, mas também incentivando a geração de emprego e renda. ``Vamos estimular a produção familiar no sistema de água doce nas áreas distantes do Litoral´´, disse.

 

pesca

JB Online País

15/09 22:07

Ilha do Governador deverá ganhar terminal pesqueiro público

 

      RIO - A Ilha do Governador, na Zona Norte da cidade, deverá ser o local escolhido para o funcionamento do terminal pesqueiro público do Estado, já anunciado pelo Governo Federal.

      A informação foi divulgada neste sábado pelo chefe do Escritório da Secretaria Nacional de Aqüicultura e Pesca no estado, Jayme Tavares. Segundo ele, o terminal de distribuição de pescado deverá empregar diretamente 10 mil pessoas e permitir a regularização profissional de 60 mil trabalhadores do setor.

      Tavares disse que a idéia inicial era que o terminal funcionasse no bairro do Caju, na zona portuária da cidade. Mas, como na área funcionam estaleiros navais e o próprio porto do Rio, o governo decidiu escolher outro local para não sobrecarregar a região. Anteriormente, já havia sido cogitado o município de Niterói como a sede do terminal.

      O novo terreno escolhido fica no bairro da Ribeira, na Ilha do Governador. O governo federal só estaria negociando a desapropriação da área que pertence à BR Distribuidora, empresa do grupo estatal Petrobras, o que poderia acontecer ainda neste ano.

      O chefe do escritório ressaltou que não há nenhum terminal pesqueiro público no estado do Rio de Janeiro. Hoje, segundo Tavares, o desembarque de pescado é feito ou em terminais de empresas privadas (geralmente de pequeno porte) ou de forma clandestina, o que compromete a qualidade do produto.

      Na Baía de Guanabara, existem mais de 30 pontos de desembarque clandestino, onde não há nota fiscal, controle sanitário ou certificação. Você não tem absolutamente nenhum acompanhamento desse produto. Quando você coloca a estrutura do terminal pesqueiro público, obviamente ela terá que vir acompanhada de certificação, de higiene, de nota fiscal, para que se saiba exatamente o que está se produzindo de pescado, o que se está consumindo. Enfim, que tenhamos um raio-X do setor pesqueiro, afirmou Tavares.

      Ele não soube dizer, no entanto, quando o terminal poderá estar funcionando, já que ainda é preciso fazer a desapropriação do terreno, o projeto, a licitação e, só então, a construção do terminal.

 

 

pesca

Agência Sebrae de Notícias Últimas

17/09 14:58

Empresas recebem apoio do Sebrae para participar da 4ª Seafood

 

     Brasília - Um espaço que reúne todos os segmentos da cadeia produtiva de pesca, aqüicultura e frutos do mar. Assim é a Feira Internacional de Pescados, Frutos do Mar e Tecnologia para a Indústria da Aqüicultura e Pesca (Seafood – Expo Latin America), que está em sua 4ª edição. A feira acontece esta semana de 17 a 19 de setembro no Transamérica Expo Center em São Paulo. Os organizadores esperam receber mais de seis mil visitantes durante os três dias de evento. Segundo a organização, cerca de 12% dos visitantes são compradores internacionais, que representam 20 países, como Argentina, Chile, Uruguai, Estados Unidos e Espanha. Por conta disso, a feira ficou conhecida como o maior ponto de encontro e de geração de negócios do setor, reunindo profissionais do segmento, distribuidores e fornecedores da cadeia produtiva. O público do evento é qualificado. Dos que já se inscreveram para participar, 12% atuam com canais de distribuição dos produtos e outros 12% no mercado de alimentação fora do lar, conhecido como 'food service'. Além disso, 14% dos profissionais são do departamento de compras das empresas; 32% da alta direção e 22% de nível gerencial. E ainda, dos pré-credenciados para o evento, 30% buscam fazer negócios na Seafood e pretendem investir mais de R$ 100 mil na compra de pescados em geral. Na Seafood os participantes vão encontrar produtos frescos, congelados, enlatados, defumados e processados. Também há insumos, equipamentos, embalagens, tecnologia naval, tecnologia para aqüicultura e ingredientes alimentícios. Neste ano, serão cerca de 80 empresas expositoras. Nas edições anteriores, o percentual de micro e pequenas empresas participantes foi de 90%. Por isso, o Sebrae Nacional está patrocinando o evento e levando empresários para a Seafood. No estande do Sebrae, com 82m², oito empresas vão expor seus produtos. A empresa Aqüicultura Águas de Pituba de Alagoas vai mostrar o filé de tilápia e o artesanato feito com o couro do peixe; a Delicious Fish expõe o pescado de Mato Grosso; a Fazenda Marinha AtlÂntico Sul de Santa Catarina leva suas ostras e mexilhões para a feira. Há também a empresa Mar & Terra, que expõe o pescado de Mato Grosso do Sul; do Rio de Janeiro, vai a empresa San Pietro, que fará amostra da tilápia; a Coopercrãma, também do Rio de Janeiro, mostra rã e tilápia; e a Unipeixe Industrial de Sergipe expõe seus pescados. Segundo o coordenador nacional da Carteira de Aqüicultura e Pesca do Sebrae, José Altamiro da Silva, a participação no evento é uma ótima oportunidade para essas empresas. "Na feira, que reúne toda a cadeia produtiva, os empresários vão conhecer novas tecnologias, novos equipamentos e com certeza terão um espaço propício ao fechamento de negócios", diz. Além da exposição de produtos, haverá seminários simultÂneos sobre tendências nacionais e internacionais do setor. Contaminação química do pescado, biotecnologia marinha e ambiental e aproveitamento de resíduos estão entre os temas das palestras. Nos últimos cinco anos, a aqüicultura brasileira registrou taxas de crescimento anuais médias superiores a 22%. Atualmente, o Brasil consome 38 mil toneladas de produtos dessa cadeia por ano e possui um grande potencial a ser desenvolvido. Serviço: Agência Sebrae de Notícias – (61) 3348-7494 / 2107-9359 4ª Seafood Expo América – Feira Internacional de Pescados, Frutos do Mar e Tecnologia para a Indústria da Aqüicultura e Pesca De 17 a 19 de setembro, das 13h às 20h Transamérica Expo Center – São Paulo (SP) www.seafood.com.br

 

 

Secretaria Especial de Aquicultura

Agência de Notícias Brasil-Árabe Últimas Notícias

17/09 14:58

Governo brasileiro incentiva consumo de pescado

 

     São Paulo - O governo federal e a Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca da Presidência da República promovem, a partir desta semana, a quarta edição da Semana do Peixe. A campanha ocorre até o dia 30 de setembro e tem por objetivo incentivar o consumo regular de pescado.

      A ação é feita em conjunto com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e vai orientar os consumidores sobre espécies, qualidade e compra de peixes, além de criar condições para o desenvolvimento da cadeia produtiva.

      A Semana do Peixe realiza-se desde 2003. "O cultivo de pescado, com o aproveitamento do potencial dos nossos lagos, rios e mar, é o caminho para o aumento da produção. O governo está trabalhando na cessão de águas públicas para a aqüicultura, o que nos pode garantir produção em escala", diz o ministro da Aqüicultura e Pesca, Altemir Gregolin.

      Outras iniciativas são a inclusão do peixe no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e na alimentação escolar. "O Brasil serve 37 milhões de refeições por dia nas escolas e é muito importante que esse público tenha acesso ao pescado", destacou. Durante a Semana do Peixe, ele espera convencer também prefeitos e governadores a aderirem à proposta.

 

 

pesca

Sercomtel Internet Últimas Notícias

17/09 13:47

Peixe é fonte de proteína de baixa gordura e muito saudável

 

     A dica dos especialistas é que o consumo de peixe deveria se tornar hábito, pois o alimento é uma fonte de proteína de baixa gordura e muito saudável.

      Estudos relacionam que a ingestão de porções de peixe três vezes por semana reduz o risco cardíaco. Ao substituir a carne vermelha pelo peixe, diminui-se a ingestão de gordura saturada, que aumenta o colesterol e pode acumular na parede das artérias.

      Ao contrário da gordura da carne vermelha que causa vários problemas, os peixes têm um tipo de gordura boa, chamada ômega 3, que é insaturada e favorece a circulação sanguínea. O ômega 3 é encontrado em maior concentração em peixes de água fria como o salmão, o atum, a sardinha e a truta. Mas atenção, pois isso vale para peixes e não para frutos do mar, que podem ser ricos em colesterol, como o camarão, por exemplo.

      A nutricionista Valéria Mortara, de Londrina, explica que a forma de preparo é importante para que o prato seja realmente saudável. "Não adianta você ingerir peixe, se fizer empanado e frito", afirma.

      Valéria ressalta alguns pontos importantes para o consumo adequado de peixe: -Pessoas que têm gota, ácido úrico, devem evitar; -Ao consumir o peixe preparado para sashimi (peixe cru), sempre buscar saber a origem do produto, pois ele é altamente perecível e pode causar intoxicação ou parasitose. Por isso, grávidas não devem comer peixe cru.

      -Para manter o sabor, o peixe deve ser cozido por pouco tempo e preparado ao molho ou assado ou no vapor.

      -Opções mais baratas e práticas para ingerir peixes ricos em ômega 3 são a sardinha e o atum enlatados e conservados na água.

      Secretaria Especial da Pesca e Associação Brasileira de Supermercados lançam campanha para divulgar importÂncia do consumo de peixe

 

Secretaria Especial de Aquicultura

Dourados Agora Últimas

17/09 11:43

Alimento pesa no orçamento, dizem donas-de-casa

 

     Embora seja um alimento muito saudável, o peixe ainda é muito caro para que grande parte da população brasileira possa consumi-lo com mais freqüência. A afirmação é da presidente da Associação das Donas-de-Casa de Goiás, Maria das Graças Santos.

      Segundo ela, muitos brasileros preferem carne de frango ou de gado, porque tem preço mais baixo que a de peixe.

      De acordo com Maria das Graças, o quilo do frango custa em média R$ 5, enquanto o do peixe pode chegar a R$ 16. Ela ressaltou que o preço é o mesmo, tanto em feiras como em mercados.

      Hoje (17), a Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca (Seap) e a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) lançam campanha nacional para incentivar o consumo de peixe e o desenvolvimento do potencial pesqueiro do país.

      Para a representante das donas-de-casa de Goiás, falta também incentivo do governo brasileiro para que aumente a produção e o consumo de peixe e o preço possa cair.

      A presidente da Associação das Donas-de-Casa e Consumidores de Minas Gerais, Lúcia Pacifico, também acha que o preço do peixe dificulta o consumo do alimento, que é muito recomendado por médicos e nutricionistas.

      ``É importante comer peixe no mínimo uma vez por semana. Ele tem grande valor nutritivo, é rico em Ômega 3, que ajuda a diminuir o colesterol ruim e é muito bom para o coração´´, afirmou Lúcia.

      Para ela, não adianta o governo fazer campanha para incentivar o consumo de peixe, se o brasileiro não tem condições de consumir. ``Educar a população para consumir peixe é fácil, ensinar como comprar e como armazenar, mas primeiro tem que baixar o preço´´, disse.

 

pesca

Amazônia Hoje Capa

17/09 06:44

Paraense no fim da fila

 

      A exportação do pescado paraense tem provocado o aumento do preço do produto para o consumidor local, mesmo com o grande potencial do Estado nesse setor. Como apenas uma pequena porcentagem do produto fica no Estado e a procura é grande, o destino dos peixes mais nobres acaba se restringindo apenas ao prato das famílias mais abastadas. Para piorar, o Governo do Estado pouco pode influenciar diretamente nesse panorama, uma vez que a atividade de exportação é livre.

      Os países que mais importam os peixes paraenses - Estados Unidos, Japão, França e Bélgica - ficam com 47% da produção local, de acordo com a Secretaria de Pesca e Aqüicultura do Estado do Pará. A preocupação do governo não é com espécies como a piramutaba e os peixes ornamentais, quase que exclusivamente vendidos para fora do Estado, mas que têm pouca demanda interna. O foco está no caranguejo, por exemplo, que é, na maior parte, vendido para o Nordeste do País, encarecendo o produto para o paraense, e também o mapará e o pirarucu, peixes que têm conquistado consumidores em outros Estados.

      A secretária de pesca do Pará, Antônia Socorro Penna, afirma que o governo não pode proibir a exportação de pescado, nem fixar um preço para a venda interna. Ações como a da Semana Santa, que coíbe a venda de peixe para outros Estados para que o produto não falte na mesa da população local, são exceções, diz a secretária, pois não têm amparo legal para se tornarem fixas.

      Segundo Socorro Penna, a única coisa que o Governo do Estado pode fazer para diminuir a exportação e melhorar o preço do pescado no Pará é passar a cobrar de forma rígida o cumprimento de leis e regulamentos que já existem quanto ao manuseio e à venda de peixe. Neste sentido, conta a secretária, serão feitas operações em conjunto com a Secretaria da Fazenda (Sefa), Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente (Sectam), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e Secretaria de Saúde Pública (Sespa) para fiscalizar o pagamento de impostos, o respeito ao meio ambiente e à higiene e conservação dos peixes e crustáceos capturados. 'Vamos implantar uma política de exportação para definir regras de comercialização e fiscalizar de perto. Pode parecer que não, mas isso vai influenciar bastante para baixar o preço do peixe no Pará', garante. Socorro Penna ressalta, no entanto, que o trabalho é longo e as mudanças não vão ocorrer do dia para a noite.

      Sistema de estatística pesqueira inexistente A exportação de pescado do Pará, mesmo sendo grande, não consta na balança comercial do Pará e em nenhum indicador econômico. A razão é que o Estado não tem um sistema de estatística pesqueira. Por isso, a avaliação da Secretaria de Pesca e Aqüicultura do Estado do Pará sobre esse mercado é inexata, suscetível ao erro.

      Por isso, estabelecer dados concretos sobre o andamento do setor é uma das prioridades da secretaria, pois só com base em números e informações confirmadas é que poderão ser tomadas ações, explica Socorro Penna, secretária de pesca do Pará. 'Assim vamos poder estudar a situação de cada espécie, saber se ela está em falta no mercado paraense ou não, para então agir', explica.

      A ação a que se refere a secretária é de apoiar a produção da pesca artesanal, pois é uma modalidade em que a produção tende a se voltar para o consumo interno, por falta de estrutura para a exportação. Outra atitude - esta já em andamento - é a instalação de cativeiros de espécies de peixe. Isso aumenta a quantidade de pescado no mercado paraense e tende a derrubar os preços.

      Muita Saída aumenta custo de vida local A explicação para o fato de os produtores paraenses priorizarem a exportação está ligada ao cÂmbio, diz o economista Sérgio Bacuri. Se o dólar fica com valor similar ao real, produtos importados ficam baratos e o brasileiro compra mais importados. No entanto, os setores exportadores do País passam a ter dificuldades em vender seus produtos no mercado internacional. Mas se o panorama se inverte, mais ou menos como na situação atual, com US$ 1 valendo quase R$ 2, os produtos importados ficam duas vezes mais caros no Brasil e os nacionais ficam pela metade do preço no exterior. 'Aí os países estrangeiros passam a oferecer um preço muito mais atraente do que o que é oferecido dentro do País e ocorre a fuga dos produtos', explica Bacuri.

      O economista dá o exemplo do quilo do camarão-rosa, que custa 20 dólares no Japão, mas no Brasil, saindo por R$ 20, é um produto para poucos. Por um lado a exportação favorece a economia do Estado, pois mesmo no caso do peixe, que não aparece nos dados da balança comercial, há benefícios. De outro lado o excesso de exportações aumenta o custo de vida local. 'O Estado vive esse dilema. Mas o certo seria priorizar a população daqui, utilizando mecanismos para reduzir a exportação de produtos que têm grande consumo interno', analisa o Bacuri.

       

aqüicultura

Maxpress Eventos

17/09 03:36

FAZENDA MARINHA SERÁ INAUGURADA EM FRENTE À CENTRAL NUCLEAR

 

     No próximo dia 17 de setembro, o Instituto de Ecodesenvolvimento da Baía da Ilha Grande (IED-BIG) inaugurará uma fazenda marinha de criação de coquilles Saint Jacques (ou vieiras - molusco nativo da costa brasileira) na Ilha Comprida, em frente à Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA), em Angra dos Reis (RJ).

      No local, serão "plantadas" inicialmente 20 mil sementes (filhotes) de coquilles, como resultado da parceria entre a Eletronuclear e o Instituto para restaurar a fauna marinha da Baía da Ilha Grande.

      Na ocasião, estarão presentes toda a diretoria da Eletronuclear e a equipe do IED-BIG. São esperados também os prefeitos de Angra dos Reis, Paraty e Rio Claro, além de outras autoridades.

      Sobre o projeto - Sediado em Angra dos Reis, o Projeto de Repovoamento Marinho da Baía da Ilha Grande (POMAR) é desenvolvido desde 1994 pelo IED-BIG e o seu objetivo é eliminar a ameaça de extinção do coquille e fortalecer a maricultura na região. É um projeto pioneiro que começou na Baía da Ilha Grande e atualmente está sendo replicado em sete estados do país.

      O POMAR também contribui com a qualidade de vida e geração de renda dos pescadores locais, fomentando o cooperativismo na área de aqüicultura (processo de produção em cativeiro). Já foram ministrados cursos de capacitação para quase 7 mil pessoas e, atualmente, cerca de 500 famílias estão inseridas nesta nova cultura, que é a maricultura.

      Nos últimos três anos, foram produzidas 23 milhões de sementes. Os coquilles, ao atingirem 6 cm, são vendidos para os restaurantes dos grandes centros por R$ 2,00 a unidade.

 

 

Secretaria Especial de Aquicultura

Imirante Plantão

16/09 16:58

Governo federal quer estimular consumo regular de pescado

 

     BRASÍLIA - O governo federal, através da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca da Presidência da República (SEAP/PR), promove a partir desta segunda-feira, 17, a quarta edição da Semana do Peixe. A campanha, que se estende até o dia 30 de setembro, é realizada em parceria com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). A intenção é incentivar o consumo regular de pescado orientando o consumidor sobre espécies, qualidade e compra de peixes e criar condições para o desenvolvimento da cadeia produtiva.

      A Semana do Peixe realiza-se desde 2003. Além de educar vendedor e consumidor, a Seap e a Abras apostam na redução dos preços do alimento, que o Governo entende como barreira ao consumo. Com a divulgação da grande variedade de peixes que o Brasil possui e com a solução de problemas ligados à regularidade, oferta e qualidade, a SEAP acredita que o País pode transformar-se num dos mais importantes produtores e consumidores de pescado.

      Segundo o ministro da Aqüicultura e Pesca, Altemir Gregolin, investimentos para a melhoria da infra-estrutura de produção e comercialização, que já estão em curso, terão impacto direto nessa realidade. "O cultivo de pescado, com o aproveitamento do potencial dos nossos lagos, rios e mar, é o caminho para o aumento da produção. O Governo está trabalhando na cessão de águas públicas para a aqüicultura, o que nos pode garantir produção em escala", explicou. Outras iniciativas são a inclusão do peixe no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e na alimentação escolar. "O Brasil serve 37 milhões de refeições por dia nas escolas e é muito importante que esse público tenha acesso ao pescado", destacou. Durante a Semana do Peixe, ele espera convencer também prefeitos e governadores a aderirem à proposta de incluir o pescado na alimentação dos estudantes.

      Por causa do tamanho da população, formada por 180 milhões de habitantes, o Brasil é um dos maiores mercados consumidores do mundo. Entretanto, o brasileiro ainda come pouco pescado. São apenas sete quilos por habitante ao ano, segundo o último estudo feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O consumo mundial é de 16 quilos/habitante/ano e o recomendado pela Organização Mundial de Saúde é de 12 quilos/habitante/ano. Em alguns estados brasileiros, o peixe constitui a base alimentar da população, enquanto em outros o consumo fica abaixo da média nacional.

      Com produto interno bruto (PIB) pesqueiro de R$5 bilhões e 3,5 milhões de empregos, o setor produz atualmente um milhão de toneladas de pescado. Com o uso de águas públicas para o cultivo, o País tem condições de, em poucos anos, duplicar a produção. A meta da SEAP, até 2011, é chegar a 1,7 milhão de toneladas, o que deve garantir maior regularidade de oferta e facilitar o acesso do brasileiro ao pescado.

      A SEAP promoverá eventos de caráter educativo em todos os estados. Nos principais pontos-de-venda do alimento, sobretudo nos supermercados, serão distribuídas um milhão de cartilhas com dicas para o consumidor saber escolher e ajudar o consumidor a escolher peixes e frutos do mar de modo a ele saber o que observar para comprar o melhor produto. Outros 20 mil manuais, voltados para a orientação dos manipuladores (os chamados peixeiros ), começam a circular ainda este mês com o objetivo de melhorar a qualidade do produto oferecido nos postos de venda.

       

pesca

Centro de Estudos em Sustentabilidade Últimas Notícias

16/09 01:57

Inpa pesquisa alternativa para resíduo de peixe jogado nos rios

 

     O que acontece com o resíduo do peixe não utilizado na indústria alimentícia? Na época da safra, no Amazonas, estima-se que em torno de três toneladas de pele de peixe são jogadas nos rios por dia. Embora seja um material degradável, quando lançado em enorme quantidade, causa danos ao meio ambiente e desequilibra o ecossistema. Pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) estão voltados para esta questão em busca de alternativas.

      A engenheira de pesca Karina de Melo desenvolveu uma pesquisa pioneira na utilização de corantes vegetais da Amazônia para o tingimento do couro do peixe matrinxã, sob orientação de Jerusa de Souza Andrade e Rogério Souza de Jesus, ambos pesquisadores do Inpa. A novidade da pesquisa é a utilização de um processo vegetal para tingir o couro do peixe, em lugar dos processos minerais e sintéticos já conhecidos. Com esse novo processo, menos produtos poluentes são jogados no meio ambiente. "O tingimento com corantes vegetais, como por exemplo o urucum, é um processo antigo, que os egípcios e os índios já usavam; daí a idéia de implementar dentro de um curtimento um corante vegetal, natural, que prejudicasse menos o meio ambiente€, diz Melo.

      Apesar disso, o procedimento de pesquisa foi realizado em laboratório e não contou com a participação das comunidades locais. Dentre as amostras de plantas que a pesquisadora selecionou, foram escolhidas as que tinham maior concentração de corante, e que fossem mais solúveis em água, resultando no cacauí, de cor azulada/violeta, e no crajiru, de coloração avermelhada.

      Experimentos com três tonalidades de couro tingido: 5, 10 e 15% de corante utilizado - crajiru (esq) e cacauí (dir). Foto: Natacha Veruska Melo acrescenta que o objetivo da pesquisa foi utilizar uma matéria-prima não comestível. "Os corantes vegetais que existiam - diz ela - eram os utilizados em alimentos, como o urucum e o açafrão. Na literatura pesquisada não há nenhum tipo de corante que não seja comestível; minha idéia era justamente gerar um corante que também fosse resíduo, ou seja, não-comestível€.

      A pesquisa realizada por Melo faz parte de uma série de pesquisas do Inpa que estão relacionadas. Anteriormente, a engenheira já havia desenvolvido um estudo sobre a transformação de peles de peixes amazônicos em couro. Na ocasião, realizou o curtimento do peixe matrinxã, orientada por Rogério Souza de Jesus e José Jorge Rebello.

      Rebello, técnico em Curtimento do Inpa, desenvolvia por sua vez um trabalho com o resíduo do peixe jogado nos rios do Amazonas oriundo tanto de indústrias, como do próprio local de desembarque do peixe, onde há alguns pontos de comercialização e nos quais já retiram a pele do peixe. "No caso da indústria, existe um maior aproveitamento do resíduo do peixe: a cabeça pode virar resíduo para a pesca marinha e, as vísceras, sabão ou ração para peixe€, explica Jesus, que acrescenta a diferença no caso da comercialização realizada pelos chamados "peixeiros€ de Manaus. "Eles fazem a limpeza do peixe no local do desembarque e todo o resíduo, como pele, cabeça, escamas, gordura, vísceras é jogado no rio, gerando grande uma poluição no local. A pesquisa de Rebello trabalhou inicialmente com o que é chamado de "pele de peixe liso€ e, mais recentemente, com os pescados oriundos da piscicultura, como o matrinxã e o tambaqui. A pesquisa do tingimento do couro de peixe faz parte deste projeto e dá continuidade ao trabalho realizado para o curtimento do matrinxã.

      Melo aponta que o couro do matrinxã não é tão resistente como o couro "de peixe liso€, mas, por ser mais macio, pode ser usado para fazer bolsas, pulseiras de relógio, acessórios e vestimentas. Já os corantes extraídos do cacauí e do crajiru podem ser utilizados também na indústria têxtil. Na São Paulo Fashion Week e na Fashion Rio da primavera/verão 2008, além dos tecidos tecnológicos, que têm propriedades como proteção contra os raios ultravioletas, ou absorção de suor, também ganharam destaque esse ano os tecidos ecológicos como o algodão orgÂnico, o couro vegetal, a fibra de juta, a palha, o reciclável poliéster japonês e ainda as cuecas chamadas "ecológicas€, produzidas com fibras de bambu em substituição à fibra sintética. Os eventos apontam uma nova tendência de mercado na qual o couro do matrinxã poderia ser incluído.

      O processo desenvolvido por Karina está sendo protegido, de acordo com Rogério Souza de Jesus, pela Divisão de Propriedade Intelectual de Negócios do Inpa e até que os interessados em desenvolver industrialmente esse tingimento entrem em contato com o instituto, a pesquisa fica guardada. Jesus explica que a pesquisa de Karina mostrou que existe a potencialidade da utilização de corantes naturais para o tingimento de couro de matrinxã; a partir daí, quando uma empresa tiver interesse, deverá trabalhar com a pesquisadora para chegarem a um produto direcionado ao nicho de mercado que a empresa quer atingir e que possa ser comercializado.

      A pesquisa de Melo foi apresentada como dissertação de Mestrado no Inpa em maio de 2007 e financiada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).

      Daniela Lot

 

pesca

Diário Catarinense Itajaí

15/09 21:31

Garrafa pet vira rede e corda

 

     Um exemplo de bons negócios a partir de garrafas pet recicladas vem de Itajaí. Por dia, a ArtePlás recicla 500 mil garrafas de plástico.A empresa, fundada em 1973, é pioneira na área de pet, na América Latina. O produto retorna ao mercado como fio e corda em poliéster. Serve de matéria-prima até para a confecção de redes de pesca. O responsável pelo setor de exportação, Mayckon Rossi, destaca que a ArtePlás atua em toda a América Latina, EUA e Itália. São 300 empregos diretos. O 'boom' econômico veio a partir de 1992, com o intenso consumo de refrigerantes em garrafas pet. - Nosso mercado é reciclar. Quem tem consciência, sabe que lixo é dinheiro - aponta Rossi. Como o estoque de matéria-prima é sazonal, Rossi comenta que a produção ganha impulso durante a temporada de Verão em SC. - É nessa época que aumenta o consumo de refrigerantes - comemora. Todo o material para reciclagem é adquirido de sucateiros e cooperativas. Grande parte vem do Nordeste e também do Sudeste do país.

 

pesca

O Povo Colunas

15/09 20:19

O impacto da ocupação humana na costa brasileira

 

     Cerca de 70% da população brasileira está assentada nos municípios costeiros ou próximos deles, ao longo de 17 estados. Com isso, são freqüentes e intensos os impactos indesejados dessa ocupação. Para estudar os efeitos dessa ocupação e propor iniciativas que os minimizem, uma rede formada por 220 pesquisadores e 17 instituições promoveu a primeira iniciativa de grande alcance para um estudo integrado do ambiente costeiro brasileiro. A rede constituiu o projeto "Uso e Apropriação de Recursos Costeiros - Recos", um dos Institutos do Milênio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT).

      O Instituto desenvolveu estudos padronizados de diagnóstico e caracterização, oferecendo protocolos para seu monitoramento e manejo mais racional das situações de conflito nas áreas temáticas de Modelo Gerencial da Pesca; Maricultura Sustentável; Monitoramento, Modelagem, Erosão e Ocupação Costeira; e Qualidade Ambiental e Biodiversidade, atendendo a quatro dos cinco tópicos reconhecidos como prioritários na região costeira brasileira pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). As pesquisas foram financiadas pelo CNPq, envolvendo um total de R$ 6,3 milhões. Um dos principais objetivos do projeto foi o exame dos problemas criados pela presença humana ao longo do litoral brasileiro.

      Apesar do potencial do Brasil para a pesca - dados do IBGE mostram que o País possui cerca de 313 mil pescadores diretamente envolvidos na pesca de pequena escala e aproximadamente 35 mil na pesca industrial - o País vem perdendo volume de produção pesqueira marinha. De cerca de 700 mil toneladas na década de 80, o Brasil produziu na última década 500 mil toneladas. Segundo as pesquisas realizadas pelo Recos, as causas estão relacionadas, entre outras, com a degradação dos habitats costeiros, a maior quantidade de embarcações e com os avanços nos recursos tecnológicos, que se refletem tanto na pesca de pequena como de grande escala, e políticas equivocadas de desenvolvimento insustentável.

      Quanto à gestão da pesca, os estudos revelam que um dos maiores problemas é a extrema diversidade social, econômica, ambiental e tecnológica das pescarias, que representa um grande desafio, requerendo, além de uma mudança de paradigma sobre o processo de gestão, a implementação de soluções criativas e focalizadas. Os resultados deste estudo levantam importantes questões sobre o manejo pesqueiro que devem nortear as políticas públicas de gestão nas próximas décadas. Uma das conclusões é que mais que estabelecer um modelo único, é necessário entender cada vez mais profundamente a enorme diversidade dos sistemas de produção pesqueira em todos os seus aspectos tecnológicos, biológicos, ecológicos, sociais e econômicos. <