Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região

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Piçarras ganha 2ª maior coleção de tubarões e raias do mundo

O Museu Oceanográfico Univali, mantido pela Fundação Universidade do Vale do Itajaí, em Balneário Piçarras, integrará ao seu acervo, a coleção de peixes cartilaginosos (tubarões, raias e quimeras), do Núcleo de Pesquisa de Condrictes (Nupec) e do Instituto de Pesca (Ipesca), de São Paulo.

A coleção, que possui aproximadamente 5 mil peças, é uma das maiores da América Latina e soma-se ao acervo já existente no museu, totalizando 12 mil exemplares. Com isso, a coleção passa a ocupar a 2ª posição no ranking mundial, atrás, somente, do Museu Nacional dos Estados Unidos, em Washington e a frente das seculares coleções de Londres, Paris e Nova Iorque. Além disso, a reunião de exemplares é a mais numerosa e diversificada entre as não-públicas de todo o planeta, contendo amostras de todas as espécies conhecidas até o momento que ocorrem na costa brasileira e raridades em nível mundial.

O trabalho de integração dos acervos ainda levará alguns meses em função do processo de higienização e acomodação das peças. Para isso, a equipe do Museu Oceanográfico da Univali conta com o apoio do Instituto Cultural Soto Delatorre e da Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar.


Museu será o 2º maior do planeta


O acervo do Museu Oceanográfico Univali não está restrito aos tubarões, raias e quimeras. Ele reúne coleções de diversos grupos de grande importância científica, destacando a maior coleção de conchas da América Latina, com 88.813 amostras que incluem as duas conchas mais procuradas por colecionadores no mundo.


Entre outros destaques também estão no acervo a maior coleção de mamíferos marinhos do Brasil, com 708 lotes que incluem baleias, golfinhos, focas, lobos e leões marinhos de diversas espécies; a maior coleção da América Latina de tartarugas marinhas, com 644 lotes; a agora segunda maior coleção de elasmobrânquios (tubarões e raias) do mundo, com mais de 12 mil espécimes que incluem exemplares raríssimos e únicos no continente.
Atualmente, este acervo é referência para diversas atividades didáticas e de pesquisa, incluindo trabalhos de graduação, mestrado e doutorado, além de artigos científicos publicados em periódicos especializados nacionais e estrangeiros.


O museu desenvolve coleções de referência que representam o maior número possível de táxons e que possibilitem pesquisas taxonômicas modernas sobre a fauna marinha. A maior parte do acervo do Museu é composta por animais marinhos da fauna Brasileira, especialmente do sul do Brasil.
Quando concluída, a área de visitação, o Museu Oceanográfico da Univali terá 4 mil m² de área construída, tornando-se um dos maiores museus de história natural da América Latina e o segundo maior museu oceanográfico do mundo.


Ele terá, entre as temáticas em exposição: a formação dos oceanos, a evolução dos seres vivos, a história da oceanografia, os recursos vivos e minerais dos oceanos, a preservação do meio ambiente marinho e uma ampla exposição sobre os seres vivos marinhos.
“Serão expostas espécies raríssimas que incluem tubarões e raias de profundidade, peixes exóticos abissais, lulas gigantes, nossas espécies de tartarugas marinhas, grandes animais conservados inteiros em tanques de vidro como golfinhos, peixe-lua, raias manta, entre muitos outros”, relaciona Jules Soto, curador do Museu Oceanográfico da Univali.


Ele explica, ainda, que todo este acervo será exposto em praticáveis e módulos auto-explicativos com percurso obrigatório que propiciará ao visitante a oportunidade de não perder nenhuma das atrações. A perspectiva é que as obras do Museu Oceanográfico da Univali estejam concluídas, e que o espaço seja aberto para visitação, até julho.