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Peixe contrapõe ministérios
Peixe contrapõe ministérios
Pesca quer limitar o bagre do Vietnã no Brasil. Itamaraty teme reação do parceiro comercial, cujos negócios cresceram 1.567% desde 2006.Gregolin, que prometeu providências, enfrenta a pressão dos produtores
Um peixe está sendo motivo de discórdia dentro do governo federal. Pressionado há três meses pelos produtores nacionais que estão tendo indigestão com a entrada do bagre vietnamita no país a preços abaixo do mercado brasileiro, o ministro da Pesca e da Aquicultura, Altemir Gregolin, prometeu há duas semanas solicitar ao colega da Agricultura, Wagner Rossi, a suspensão das importações enquanto faz uma análise do risco do produto. A iniciativa de Gregolin, no entanto, foi freada por um terceiro ministério, o das Relações Exteriores, que alertou as outras pastas envolvidas para um fato que agora parece ser maior do que o problema do pangasius(1): uma medida como essa poderia prejudicar as relações entre os dois países. ``O Itamaraty nos chamou a atenção para a questão de que a corrente de comércio entre o Brasil e o Vietnã saltou de US$ 60 milhões para quase US$ 1 bilhão (1.567%) nos últimos quatro anos.
A importação do pangasius é pequena dentro disso. Agora, estamos tentando dentro do governo encontrar formas de resolver o problema sem prejudicar as relações do Brasil com o Vietnã´´, disse ao Correio o secretário-executivo do Ministério da Pesca, Cleberson Zavaski. Diplomatas examinam com técnicos do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior formas de tratar a questão dentro das regras estabelecidas pela Organização Mundial do Comércio (OMC). Eles avaliam se, em vez de suspender as importações do pangasius do Vietnã, o país poderia adotar procedimentos de salvaguarda, medidas antidumping ou elevação das alíquotas de importação. Enquanto o peixe vietnamita — que gosta mesmo é de água doce — fica nadando nesse mar de possibilidades, não é confortável a situação do ministro da Pesca, cada vez mais pressionado pelo setor, que questiona as condições do produto para o consumo. ``
``O peixe brasileiro é criado em águas limpas, o do Vietnã vem do Rio Mekong, que é poluído´´, disse o presidente do Conselho Nacional de Pesca e Aquicultura (Conepe), Fernando Ferreira, que virá a Brasília novamente hoje para uma reunião na qual irá cobrar de Gregolin uma solução. O setor afirma que os produtores no Vietnã adicionam tripolifosfato de sódio, uma substÂncia branqueadora que também faz o peixe ``inchar´´ porque provoca retenção de água. O uso dessa substÂncia é proibido pelo Ministério da Agricultura no Brasil. A eliminação dela pelos sistemas de esgotos sem adequado tratamento causa elevação da concentração de fósforo nas águas, o que acarreta a proliferação de algas. Em excesso, esses organismos usam grandes quantidades de oxigênio e evitam que os raios de sol entrem na água, prejudicando a sobrevivência dos peixes.
De acordo com o secretário de Monitoramento e Controle da Pesca e Aquicultura, Eloy de Sousa Araújo, na análise do risco do produto que o ministério está fazendo são levados em conta os riscos ao meio-ambiente. ``Analisamos até mesmo as caixas do produto que chegam do Vietnã, para ver se há algum resíduo que possa provocar contaminação após o descarte da embalagem´´, explicou. Segundo o secretário, o ministério já fez este ano a análise de risco do salmão chileno, cuja conclusão foi de que o produto tem nível de qualidade adequado. Nesse caso, não houve suspensão das importações durante a análise, mas agora um acordo de cooperação entre as pastas da Pesca e da Agricultura permite que as duas medidas sejam tomadas em paralelo.
O pangasius é um peixe de água doce que, no Brasil, é conhecido como bagre. De janeiro a junho deste ano, o Brasil importou 3.300 toneladas do pangasius do Vietnã. O setor alega que há produtos similares nacionais, vindos, inclusive, da aquicultura familiar, como o mapará e a piramutaba, na Amazônia. O peixe do Vietnã entra no Brasil a US$ 2 o quilo, enquanto o brasileiro pode custar até o dobro do preço. Segundo o presidente do Conepe, depois da entrada do pangasius do Vietnã no Brasil, 3 mil funcionários já foram demitidos em indústrias de Santa Catarina e 2 mil na Região Norte.
Fonte:Ministério Planejamento - Cliping
Ibama doa seis toneladas de peixes ao Mesa Brasil
O Escritório Regional do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), com sede em Rio Grande, doou, no último sábado, seis toneladas de peixes ao Programa Mesa Brasil do Sesc. No mesmo dia, o Mesa Brasil começou a distribuição dos pescados. Mais de quatro toneladas foram distribuídas sábado a entidades de Rio Grande - Asilo de Pobres, Pensionato Meu Terceiro Lar e Orfanato Maria Carmem - e à Associação de Moradores do bairro Castelo Branco II. As seis toneladas de peixes - castanha, pescada, cabrinha, anchova e outras espécies, sendo a maior parte castanha - foram apreendidas pelo Ibama no final da tarde de sexta-feira, durante fiscalização de rotina, quando eram descarregadas do barco Laiz, em um trapiche da 4ª Secção da Barra. Conforme o chefe do Escritório Regional do Ibama, Luiz Louzada, a apreensão ocorreu porque a embarcação não tem licença ambiental de pesca do órgão competente (Ministério da Pesca e Aquicultura).
O barco também foi apreendido, mas o proprietário, que é de Pelotas, ficou como fiel depositário. O dono da embarcação foi autuado e deverá pagar multa no valor de R$ 130 mil. A doação ao Mesa Brasil não ocorreu na sexta-feira porque o instituto deu prazo até a manhã de sábado para o proprietário apresentar a licença, o que não aconteceu. Ele responderá processo administrativo junto ao Ibama. O caso também será encaminhado ao Ministério Público Federal. Luiz Louzada observa que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu que o Ibama não poderia fazer doações durante período de campanha eleitoral, exceto a projetos e programas já existentes. Como o Mesa Brasil é um programa existente há mais tempo, a doação pode ser realizada.
Fonte:Jornal Agora
Previsão para a navegação e pesca - Laguna a Paranaguá
Alertas: HOJE E AMANHÃ, RAJADAS FORTES DE VENTO AO SUL DE FLORIANÓPOLIS. VISIBILIDADE RESTRITA NA ÃREA DE PESCA DEVIDO AO FORTE NEVOEIRO. Tempo firme, mas com forte nevoeiro marítimo.
Previsão para hoje (23/08/2010) - tarde e noite: Segunda-feira, ventos de NE a NW, força
Previsão para amanhã Terça-feira, ventos de NW a S, força
Quarta-feira, ventos de SE a NE, força
Tendência: Na quinta e na sexta-feira, mais nuvens ao sul de Florianópolis, onde há chance de chuva isolada. No restante da área de pesca, o sol aparece entre nuvens. Vento de NE a NW, passando a SE na sexta, com rajadas de
Previsão para a navegação e pesca - Chuí a Laguna
Alertas: HOJE E AMANHÃ, RAJADAS MAIS FORTES DE VENTO. VISIBILIDADE RESTRITA NA ÃREA DE PESCA DEVIDO AO FORTE NEVOEIRO. Tempo firme, mas com forte nevoeiro marítimo especialmente ao norte de Rio Grande.
Previsão para hoje (23/08/2010) - tarde e noite: Segunda-feira, ventos de NE a SE, força 3 e rajadas de
Previsão para amanhã Terça-feira, ventos de NW a SE, força 3 e rajadas de
Quarta-feira, ventos de SE a NE, força 3 e rajadas de
Tendência: Entre a quinta e a sexta-feira, uma frente fria, de fraca intensidade, deixa o tempo instável na área de pesca com mais nuvens e condições de chuva isolada. Vento de NE a SE, com rajadas de
Fonte: Epagri/Ciram