Novos investimentos prometem estimular o setor pesqueiro no DF

Novos investimentos prometem estimular o setor pesqueiro no DF

Nesta segunda-feira (23), foi assinado novo acordo de cooperação entre o Ministério da Aquicultura e Pesca e o Governo do Distrito Federal para estimular o setor pesqueiro. A meta é transformar o Centro de Tecnologia em Piscicultura (CTP) da Granja Modelo do Ipê, ligado à Secretaria de Agricultura, num centro de referência pesqueira não só do Centro-Oeste, mas de todo o país. O acordo foi assinado durante a inauguração de um novo auditório com capacidade para 90 pessoas e um novo sistema de criação de peixe com recirculação de água. O sistema, que permite a economia no consumo de água, compreende sete tanques de tamanhos variados (capacidade para 80 mil litros) e a aquisição de três veículos adaptados para o transporte de peixes (Fiat Estrada, Fiat Pálio e um caminhão frigorífico).

A solenidade contou com a presença do secretário de Agricultura, Wilmar Luis da Silva, representando o governador José Roberto Arruda, o secretário-executivo do Ministério de Aquicultura e Pesca, Dirceu Lopes, também representando o ministro Altemir Gregolin, entre outras autoridades locais, técnicos e produtores rurais. ``O aumento da produção de pescado no Distrito Federal e na Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride) se deve aos investimentos realizados no CTP, que se tornou o esteio da produção pesqueira na região´´, destacou o secretário. Para Dirceu Lopes, secretário-executivo do Ministério, o CTP será responsável por irradiar novas tecnologias para outros estados brasileiros. ``Tirando o pré-sal, a criação e produção de pescado será o maior componente do Produto Interno Bruto do Brasil´´.

Os recursos para a ampliação do CTP e a aquisição dos novos veículos - da ordem de R$ 465 mil - foram garantidos através de um acordo assinado em 2007 entre o Ministério de Aquicultura e Pesca e o GDF. O CTP, criado há uma década, oferece treinamento e inovação tecnológica para o setor pesqueiro e é responsável pelo aumento da produção de pescado no Distrito Federal. O Centro de Tecnologia em Piscicultura (CTP) da Granja do Ipê é responsável pelo crescimento da piscicultura no Distrito Federal. De 2007 a 2009, o número de piscicultores passou de 350 para 436 produtores. A área inundada em produção também aumentou. Hoje, são mais de 157 hectares de viveiros para peixes, demonstrando que a atividade é altamente rentável para as propriedades rurais do DF e Entorno.

A eficiência no processo produtivo e o aproveitamento racional dos recursos naturais contribuíram ainda para o aumento da produção de peixes em quase 2 vezes, passando de 450 para 800 toneladas anuais. A produtividade média pulou de 3,5 para 5,2 mil kg/ha/ano. Alguns produtores já alcançam produtividades de 30 mil kg/ha/ano. ``Os números comprovam que a piscicultura é uma alternativa viável. Se a produção aumentar, o DF certamente reduzirá as importações e aumentará a sua base econômica´´, informou o gerente de Tecnologia e Produção da SEAPA-DF, Adalmyr Morais Borges.

Fonte:Clicabrasilia.com.br

SE: produtores de camarão da região de Acarajú investem na criação e desenvolvimento de marcas

O setor produtivo se lança em ação inovadora para agregar valores no segmento de camarão. Esta é uma atitude pouco comum no agronegócio brasileiro, no entanto, mostra a nova visão do produtor, que busca reconhecimento e valor na cadeia produtiva de carnes. Em outros segmentos, como bovinos, aves e peixes, por exemplo, esta será uma tendência e certamente transformará o cenário da pecuária nacional. A própria fusão de grandes empresas e a nova configuração do agronegócio contribuirá com ações deste tipo. Considerada uma das regiões mais influentes da carcinicultura brasileira, a Costa Negra cearense, formada pelas cidades de Itarema, Acaraú e Cruz - se prepara para receber dois eventos importantes para o setor produtivo do camarão no país. Trata-se do I Festival Internacional do Camarão da Costa Negra e I Encontro do Arrojo Produtivo da Carcinicultura do Litoral Oeste.

Os eventos acontecem, simultaneamente, entre os dias 26 e 29 de novembro, na Fazenda Cacimbas, em Acaraú, localizada a 250 quilômetros de Fortaleza, Ceará. O evento contará com a participação do Gerente Nacional de Vendas da Poli-Nutri, Aldo Barbugli, que irá ministrar a palestra ``Segurança Alimentar da Produção à Mesa e a Nutrição para o Camarão Costa Negra´´, que acontecerá no dia 27 de novembro (sexta-feira), a partir das 14h30. ``Além de discutir e incentivar a produção local do crustáceo, a nossa intenção é oferecer soluções nutricionais de alto desempenho para que ajudem a tornar o setor da carcinicultura cada vez mais sustentável´´, afirmou Barbugli.

O cultivo de camarão é o segmento da aquicultura que mais se destaca no setor pesqueiro mundial. A carcinicultura, criação de camarão marinho em cativeiro, é praticada em mais de 50 países. Para o setor primário, a carcinicultura se constitui a alternativa de maior viabilidade, contribuindo para o desenvolvimento de tecnologias que beneficiam toda a cadeia produtiva da aquicultura. No Brasil, sua predominÂncia ocorre na região Nordeste, onde as condições climáticas são mais favoráveis, possibilitando o cultivo durante todos os dias do ano. No litoral dessa região, encontram-se os maiores pólos nacionais de produção de camarões em cativeiro, onde as fazendas localizam-se nas margens dos estuários e lagoas costeiras. Entre os estados nordestinos exportadores do crustáceo, o Ceará ocupa a posição de 3º maior exportador nacional nos últimos anos.

Segundo o Centro Internacional de Negócios do Ceará, a produção de camarão atingiu quase US$ 3 milhões até o último mês de setembro e o crustáceo ocupa o 14º lugar no ranking de produtos exportados pelo Estado. Números da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece) apontam que o Ceará ocupa o 2º lugar em produção de camarão em todo o país, perdendo apenas para o Rio Grande do Norte, e soma 180 fazendas de camarão distribuídas em 21 municípios cearenses. Atualmente, os principais centros importadores de camarão são Estados Unidos, Japão, União Européia (Espanha, Dinamarca e França). A região da Costa Negra, além das mais de 30 fazendas de camarão, disponibiliza ainda um laboratório de produção de pós-larvas e quatro indústrias de beneficiamento para processamento de pescados em geral, somando mais de 2 mil hectares de área de produção. Somente em 2008, a região da Costa Negra produziu mais de 7 mil toneladas de camarões. Para este ano, a estimativa é que haja um incremento de 15%, superando as 8 mil toneladas.

Fonte:Página Rural