Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região

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Nove espécies ameaçam mares do Brasil

 

Nove espécies ameaçam mares do Brasil

 

 

 

A costa brasileira abriga pelo menos nove espécies vindas de outros oceanos e que ameaçam a biodiversidade nos mares em 12 Estados do país, aponta o primeiro levantamento desse tipo já feito no Brasil. Ao menos uma representa risco para a saúde humana, e algumas delas, incluindo três muito usadas em aquários domésticos, podem prejudicar também a economia local (afetando a pesca, por exemplo). O Informe sobre as Espécies Exóticas Invasoras Marinhas no Brasil, concebido pelo Ministério do Meio Ambiente com apoio do PNUD, foi elaborado por pesquisadores para tentar descobrir os impactos, no litoral brasileiro, das espécies que interferem na capacidade de sobrevivência de outras ou afetam as atividades socioeconômicas ou a saúde humana.

 

O estudo identificou 58 espécies exóticas, ou seja, ``estrangeiras´´: 3 fitoplÂnctons, 6 zooplÂnctons, 6 fitobentos, 40 zoobentos e 4 peixes. Elas foram classificadas em estabelecidas (com presença significativa, mas sem apresentar impacto negativo), detectadas (com distribuição restrita, sem evidência de impacto) e invasoras (com impacto comprovado). Em um mundo ideal, nativos e exóticos conviveriam seguindo o fluxo da cadeia alimentar. Porém, alguns invasores, trazidos por correntes marinhas e atividades econômicas como transporte marítimo ou aquicultura – produção em cativeiro de peixes, camarões, ostras e outros recursos–, acabam perturbando esse equilíbrio.

 

As invasoras são prejudiciais à biodiversidade porque competem com as nativas por espaço, luz ou alimento. Além disso, podem atuar como parasitas ou causar doenças em espécies localmente importantes, assim como produzir toxinas que se acumulam na cadeia alimentar, envenenando outros organismos ou apresentando risco direto à saúde humana. Todas estas características trazem perdas econômicas, devido às modificações na infraestrutura do país para combater o problema. Ao Brasil, a maior parte chegou por bioincrustação – ou seja, se prendem no casco de navios – ou pela água de lastro, usada para manter a estabilidade de embarcações.

 

No país, as nove espécies identificadas são as microalgas Coscinodiscus wailesii e Alexandrium tamarense, a alga marinha Caulerpa scalpelliformis, muito usada em aquários, os corais laranjas Tubastraea coccínea e Tubastraea tagusensis, também muito comuns em aquários domésticos, os mexilhões Isognomon bicolor e Myoforceps aristatus, o siri Charybdis hellerii e a ascídia (um tipo de invertebrado) Styela plicata. Pelo menos 12 estados brasileiros (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Alagoas) foram atingidos por alguma das espécies invasoras, com impactos que variavam de região para região.

 

A única em foi detectada ameaça para a saúde humana é a microalga Alexandrium tamarense, já detectada no Paraná e no Rio Grande do Sul. Esse fitoplÂncton produz uma substÂncia chamada ficotoxina, que pode contaminar moluscos e crustáceos, consumidos por humanos. Há risco de intoxicação, diarreia, náusea, vômito, amortecimento da boca e dos lábios, fraqueza, dificuldade de fala e até parada respiratória. Porém, ainda não há registro desse tipo de impacto no Brasil. Várias delas podem prejudicar a economia. O molusco Isognomon bicolor, encontrado do Rio Grande do Norte até Santa Catarina, se incrusta em cascos de embarcações (aumentando o peso da estrutura e o gasto de combustível), em plataformas de petróleo (podendo causar corrosões e entupir tubulações) e em boias (elas ficam mais pesadas e têm maior dificuldade de flutuar).

 

Em outros casos, o impacto é mais localizado. O siri Charybdis hellerii, presente em Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina, pode concorrer com espécies nativas e diminuir a população de crustáceos vendidos para consumo humano. A ascídia Styela plicata, encontrada na Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina, pode afetar a produção de alguns moluscos e, por se grudar em estruturas, aumenta os custos de limpeza. O mexilhão Myoforceps aristatus, detectado no Rio de Janeiro, em São Paulo e Santa Catarina, danifica outros moluscos, e, por isso, podem causar ``grande prejuízo´´ para a indústria de cultivo de vieiras (um tipo de molusco).

 

 

Prevenção

 

Para prevenir a entrada dessas espécies no litoral brasileiro, o estudo sugere uma articulação do governo federal, através de seus vários ministérios, com empresas privadas e de capital misto – particularmente dos setores de energia, saneamento e abastecimento, navegação marítima e portuária. Isso porque essas companhias são as mais afetadas pelos invasores.

 

Outra sugestão é fazer a instalação e manutenção permanente de um sistema de informação para diagnóstico, monitoramento e alerta precoce de introdução de espécies invasoras marinhas. Essa estrutura, recomendam os autores, deve ser acompanhada de maior controle das fronteiras.

Fonte:Mercado Ético

 

 

 

SC: Epagri de Itajaí inaugura novos laboratórios

 

 

 

No dia 15 de março, às 14h, na Estação Experimental de Itajaí/SC, o presidente da Epagri Luiz Hessmann inaugura o Complexo Laboratorial Geraldo Caputo Coppola e a Unidade de Ensaios Químicos e Cromatográficos. Os laboratórios foram viabilizados por meio de parceria envolvendo a Epagri, Embrapa, Ministério da Agricultura, Projeto Microbacias 2, Fundagro e mais recentemente a Fapesc. Essas estruturas contribuirão para a ampliação e fortalecimento das linhas de pesquisa favorecendo a inovação e o aprimoramento dos trabalhos realizados pela Epagri.

 

A Unidade de Ensaios Químicos e Cromatográficos tem área de 200 m2 e o objetivo de realizar, adaptar e desenvolver técnicas analíticas aplicadas às atividades de pesquisa e extensão. ``Uma das principais demandas a ser atendida pela unidade é análise de água, envolvendo aspectos físicos, químicos e biológicos como a determinação de coliformes´´, explica o pesquisador da Epagri de Itajaí e coordenador da Unidade, Francisco Carlos Deschamps. Segundo o pesquisador a análise de pesticidas na água será ampliada com a incorporação de equipamentos de última geração, como cromatógrafos líquido (HPLC) e gasoso, e a possibilidade de uso da espectrometria de massas (GC-MS) para identificação de compostos diversos. Além disso, pela versatilidade desses equipamentos, outras atividades desenvolvidas pela Epagri, especialmente na área de pesquisa poderão se beneficiar dessa estrutura. Trabalhos como a determinação da presença de princípios ativos em plantas medicinais, a verificação do perfil dos componentes de óleos vegetais como o azeite de oliva, o acompanhamento do padrão de fermentação de bebidas ou mesmo de silagem usadas na alimentação de bovinos poderão ser desenvolvidos pela nova estrutura agora disponível.

 

O Complexo Laboratorial ``Geraldo Caputo Coppola´´ conta com os Laboratórios de Fitopatologia Molecular e de Biologia Molecular. Esse complexo, cujo nome é uma homenagem ao primeiro diretor técnico da antiga Empasc, tem área de 230 m2 e foi construído com verbas obtidas por meio de três projetos que somaram mais de um milhão de reais - um deles apresentado à Embrapa, outro ao Ministério da Agricultura, através da Superintendência Estadual de Santa Catarina, e um terceiro apresentado à Fapesc. Os laboratórios do complexo contarão com equipamentos sofisticados, em particular um Analisador Automático ABI 3130, que permitirá o rápido seqüenciamento de DNA.

 

Dentre as primeiras pesquisas a serem realizadas está o mapeamento dos fungos Fusarium oxysporum f. sp. cubense, causador do mal-do-Panamá, e Mycosphaerella fijiensis, causador da Sigatoka negra, dois problemas sérios da cultura da bananeira, à qual estão ligados mais de 25 mil produtores familiares catarinenses, com uma produção anual de 600 mil toneladas de banana. As pesquisas com esses patógenos, assim como ações ligadas a prevenção de ocorrência de pragas quarentenárias será coordenada pelo fitopatologista da Epagri de Itajaí, Robert Harri Hinz, com a colaboração dos pesquisadores Fernando Adami Tcacenco e Adriana Pereira.

 

Além da bananicultura, várias outras culturas e criações serão alvo de pesquisa na área de Biologia Molecular, destacando-se a orizicultura e a piscicultura. Já estão em planejamento pesquisas com recursos genéticos de arroz, bem como de doenças e pragas dessa cultura, em particular a brusone, causada pelo fungo Pyricularia grisea. Para isso, o Laboratório de Biologia Molecular contará com a colaboração dos pesquisadores Rubens Marschalek, Ester Wickert, Klaus Scheuermann e Alexander de Andrade. Na área de piscicultura, há a participação do pesquisador Henrique Boeira Appel, especialista em tilápia.

 

O laboratório está ainda apto a atender demandas da pesquisa nas várias áreas de atuação da Epagri, não só na Estação Experimental de Itajaí, mas em outras unidades da Epagri, abrangendo culturas e criações como gado de leite, forragicultura, maçã, pêra, alho, recursos florestais, flores, hortaliças, oliveira e outras. ``Novos investimentos e a incorporação de outros equipamentos são esperados para este ano, com recursos oriundos da Fapesc e do PAC/Embrapa´´, informou Tcacenco.

 

Fonte: Assessoria Epagri

 

 

 

Previsão para a navegação e pesca - Região Sul Chuí a Laguna

 

 

 

Uma frente fria, de fraca intensidade no litoral do RS, deixa a nebulosidade variável com pancadas isoladas entre a tarde e noite. Alertas: HOJE E AMANHÃ, SEM ALERTA. ENTRE A NOITE DE DOMINGO E A SEGUNDA-FEIRA, CONDIÇÕES ADVERSAS DE VENTO E MAR.

 

Previsão para hoje (05/03/2010) - tarde e noite: Sexta-feira, ventos de E a NE, força 2 a 3 e rajadas de 40 a 50 km/h. Ondas de E a NE de 1.0 a 1.5 m e picos de 2.0 m. Condições de pancadas isoladas de chuva com trovoadas na área de pesca.

 

Previsão para amanhã Sábado, ventos de NE a E, força 3 a 4 e rajadas de 50 a 60 km/h. Ondas de E a SE de 1.0 a 1.5 m e picos de 2.0 a 2.5 m. Variação de nuvens e com condições de chuva isolada na área de pesca.

 

Domingo, ventos de NE, força 3 a 4 e rajadas de 50 a 70 km/h, mais intensas à noite e ao norte de Mostardas. Ondas de E de 1.0 a 2.0 m e picos de 3.0 m no fim do dia, especialmente ao norte de Mostardas. Variação de nuvens e com condições de chuva isolada, podendo ficar intensa a partir na noite no setor norte da área de pesca devido a influência de sistema de baixa pressão próximo a costa.

 

Tendência: Na segunda-feira, o sistema de baixa pressão mantém o tempo instável com chuva, especialmente no setor norte da área de pesca. Ventos de NE a SE com rajadas de 50 a 70km/h ao norte de Mostardas e mar muito agitado a grosso, desfavorável para atividades de pesca e navegação. Na terça-feira há um indicativo de melhora nas condições de tempo e mar com o afastamento do sistema de baixa pressão para o oceano.

 

 

 

Previsão para a navegação e pesca - Região Norte Laguna a Paranaguá

 

 

 

Sistema de alta pressão permanece no Litoral Sul do Brasil e ainda deixa o vento calmo e o mar pouco agitado, hoje e amanhã. Alertas: HOJE E AMANHÃ, SEM ALERTA. ENTRE A NOITE DE DOMINGO E A SEGUNDA-FEIRA, CONDIÇÕES ADVERSAS DE VENTO E MAR.

 

Previsão para hoje (05/03/2010) - tarde e noite: Sexta-feira, ventos de NE a SE, força 2 a 3 e rajadas de 40 km/h. Ondas de SE de 1.0 a 1.5 m e picos de 2.0 m. Nebulosidade variável com chuva ocasional na área de pesca devido a circulação marítima.

 

Previsão para amanhã Sábado, ventos de NE a SE, força 2 a 3 e rajadas de 40 a 50 km/h. Ondas de SE de 1.0 a 1.5 m e picos de 2.0 m. Céu encoberto com chuva moderada a forte, em alguns momentos, por influência de um sistema em médios e altos níveis da atmosfera.

 

Domingo, ventos de E a SE, força 3 a 4 e rajadas de 50 a 80 km/h à noite, especialmente entre Florianópolis e Laguna. Ondas de SE a E de 1.0 a 2.0 m e picos de 2.5 a 3.0 m à noite. Nebulosidade variável com condições de chuva, alternando com períodos de melhoria com aberturas de sol. A partir da noite, a chuva pode ficar intensa na área de pesca devido a influência de sistema de baixa pressão próximo a costa.

 

Tendência: Na segunda-feira, o sistema de baixa pressão mantém o tempo instável com chuva na área de pesca. Ventos de W a SE com rajadas de 50 a 80km/h, especialmente entre Florianópolis e Laguna, e mar muito agitado a grosso, desfavorável para atividades de pesca e navegação. Na terça-feira há um indicativo de melhora nas condições de tempo e mar com o afastamento do sistema de baixa pressão para o oceano.

Fonte: Epagri/Ciram.