Coordenadoria Técnica
Cabrinha
A cabrinha apresenta nadadeira peitoral relativamente longa, sendo seu comprimento (medido da inserção do raio mais superior até a extremidade dos raios mais longos) quase sempre maior que o comprimento da cabeça. O corpo é castanho-claro na parte dorsal, tornando-se claro inferiormente. Possui manchas arredondadas principalmente nas partes dorsal e lateral superior do corpo. A espécie pode ocorrer em profundidades de até 190 metros, mas frequentemente é encontrada em regiões mais costeiras de até 80 metros de profundidade. Apresenta hábito bentônico (associado ao fundo marinho) e capacidade eurialina (suporta grande variação de salinidade). Alimenta-se de camarões, pequenos invertebrados e outras presas disponíveis no ambiente. Apresenta desova parcelada do fim da primavera até início do outono. Pode alcançar até 5 anos de idade com comprimento médio de 32cm. A espécie se distribui da América Central até a Argentina. É bastante capturada na pesca de tangones no Sul do Brasil, com registros crescentes desde 1982. Mas também pode ser capturada por outros métodos de arrasto e também por emalhe de fundo. No ano de 2019 a captura desta espécie foi de 1,2 mil toneladas no sudeste e sul do Brasil.
Fonte: Fishbase (2021).
REFERÊNCIAS
FUNDAÇÃO DE ESTUDOS E PESQUISAS AQUÁTICAS - FUNDESPA -. 1994. Diagnóstico ambiental oceânico e costeiro dasregiões sudeste e sul do Brasil. 5 - Oceanografia Biológica: Nécton. S.Paulo, FUNDESPA. vol. V.
HAIMOVICI, M. & J. T. MENDONÇA. 1996. Análise da pesca de arrasto de tangones de peixes e camarões no sul do Brasil período de 1989-1994. Atlântica, Rio Grande, 18: 143-160.
MAGRO, M. 1996. Hábitos alimentares de peixes demersais da região do Saco de Mamanguá, Parati, Rio de Janeiro (Brasil). Dissertação de mestrado. Universidade de São Paulo, Instituto Oceanográfico, 235p.
PERIA, C. G. 1995. Estimativa de taxa de produção e da relação produção/biomassa média (P/B) de peixes demersais do ecossistema costeiro de Ubatuba, SP, Brasil. Dissertação de mestrado. Universidade de São Paulo, Instituto Oceanográfico, 141p.
YAMAGUTI, N. & P. M. G. de CASTRO. 1981. Aspectos de distribuição e bionomia de Prionotus punctatus (Bloch, 1797) na plataforma continental brasileira, entre 23°00’S, Cabo Frio (RJ) e 29°21’S, Torres (RS). Anais do II Congresso Brasileiro de Engenharia de Pesca, Recife (PE), p. 321-325.
UNIVALI/EMCT/LEMA. Estatística Pesqueira de Santa Catarina. Consulta On-line. Projeto de Monitoramento da Atividade Pesqueira do Estado de Santa Catarina. Laboratório de Estudos Marinhos Aplicados (LEMA), da Escola do Mar, Ciência e Tecnologia (EMCT) da Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI). 2020. Disponível em: http://pmap-sc.acad.univali.br/. Acesso em: 17/08/2021.