Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região

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Atuneiro é inaugurado neste sábado

O armador Giovanni Perciavalle inaugura neste sábado, 3/11, a embarcação Alalunga VII, um atuneiro para captura da espécie Bonito Listrado na modalidade Vara e Isca-Viva.  O Ministro da Pesca confirmou a presença no evento, que será realizado a partir das 11 horas, com a participação do setor pesqueiro.

O Sindicato das Indústrias da Pesca de Itajaí - SINDIPI vem através desta, convidar a todos os seus associados para a inauguração, que será realizada a partir das 11 horas da manhã de sábado com almoço para os convidados.

O evento será no cais de atracação da empresa do armador Giovanni Perciavalle, localizado a Rua César Augusto Dalçóquio, 5100, no bairro Salseiros em Itajaí/SC. Para a organização do evento, o associado que for participar deve apenas retirar o convite antecipadamente na empresa do armador.

Informações sobre a embarcação:

A embarcação é um atuneiro para captura da espécie Bonito Listrado (katsuwonus pelamis) na modalidade Vara e Isca-Viva, com congelamento a bordo, capacidade para 27 tripulantes e tecnologia avançada. A embarcação tem um sistema de refrigeração do pescado por salmoura, ar condicionado central para tripulação, guindastes para movimento de carga, sonar para localizar os cardumes. Com autonomia no mar por um período de 30 dias, a embarcação pode atingir de 24 a 200 milhas da costa, respeitando a ZEE- Zona Econômica Exclusiva. A estrutura de 32 metros de comprimento e casco de aço tem capacidade para armazenar 180 toneladas a bordo.

De acordo com a Seap/PR, a embarcação é a segunda em Santa Catarina e a quinta no país construída com recursos do Profrota Pesqueira.

A embarcação foi construída no estaleiro MeditarrÂneo de Itajaí, também de propriedade do armador. O custo total da embarcação é de aproximadamente 5 milhões de reais (R$ 5.099.849,00). Segundo o empresário, o Profrota, Programa da Seap/PR, financiou 35% do valor total da embarcação. De acordo com Perciavalle, a estimativa de produção da embarcação por um período de um ano deve atingir cerca de 1 mil e 800 toneladas.

Nutrientes

Como a maior parte dos atuns, o bonito-listrado tem altos teores de ômega 3, um ácido graxo indiscutivelmente benéfico para o organismo na prevenção de doenças circulatórias e que tem sido associado também a outros benefícios variados - que vão do tratamento de doenças reumáticas até a prevenção de distúrbios de memória e depressão. O bonito-listrado tem também uma alta concentração protéica. É uma das espécies brasileiras de pescado com maior valor nutritivo.

Mais informações abaixo da Ass. Imprensa Seap/PR:

      

O bonito-listrado é a espécie de atum que é enlatada. O Brasil produz em média 25 mil toneladas por ano de bonito-listrado, e SC é responsável por 60% (15 mil toneladas) desta produção. O pólo pesqueiro de Itajaí e Navegantes domina a produção nacional de atuns em conserva, produzindo 1 milhão de latas por dia. Neste ano, a exportação de atuns em conserva já rendeu US$ 14,6 milhões até setembro. Principais importadores são Argentina e Espanha;

A pesca de bonito-listrado em Santa Catarina usa o método de vara e isca-viva e é feita pela frota industrial - embarcações maiores, com maior autonomia e tecnologia, capazes de realizar a pesca oceÂnica, a maiores distÂncias da costa;

Alguns atuns têm cotas de pesca estabelecidas por organizações internacionais voltadas à proteção das espécies. As cotas estabelecem limites para a pesca para garantir que a espécie consiga recuperar seus estoques. O Brasil tem cota para a pesca de espadarte, outro tipo de tunídeo, e a cota é respeitada. O bonito-listrado, no entanto, não tem cota de pesca estabelecida, porque o recurso não é considerado sobreexplotado (pescado em excesso). No Brasil, a pesca de atuns ainda é bem menor do que o potencial sustentável, pela falta de embarcações adequadas;

A pesca oceÂnica é a modalidade também é uma forma de reduzir o esforço de pesca sobre a costa, direcionando-o para o oceano (onde a atividade ainda pode ser ampliada com sustentabilidade).

A embarcação  Alalunga VII  também segue cuidados com o meio ambiente: os efluentes sanitários serão tratados, o lixo será separado e conservado no barco até o desembarque (nada será jogado no mar) e o óleo ficará depositado em um tanque para destinação adequada no porto.

 

 

FROTA AMPLIADA – O barco já recebeu R$ 1,62 milhão em financiamento do Profrota e o restante do valor investido também poderá ser financiado pelo programa. A primeira embarcação financiada pelo Profrota no país foi o barco Paulo Cantídio, também de Santa Catarina e igualmente voltado à pesca do bonito-listrado.

            Criado pela SEAP em 2005, o Profrota Pesqueira oferece crédito para financiar a construção, aquisição, modernização por conversão, adaptação e equipagem de embarcações. O objetivo do programa é ampliar e modernizar a frota pesqueira nacional, para desenvolver o grande potencial do país na pesca oceÂnica – hoje ainda pouco explorada justamente pela falta de embarcações adequadas (boa parte da pesca oceÂnica brasileira era feita, até o ano passado, com barcos estrangeiros arrendados por empresas brasileiras). O programa Profrota é o principal instrumento de apoio a esta política, que visa à ocupação soberana da Zona Econômica Exclusiva (ZEE) e abertura de novas pescarias, em substituição às que se encontram em processo de sobrepesca (pesca excessiva).

            Para construir, adquirir ou modernizar a embarcação, os contemplados com o financiamento recebem empréstimos com encargos entre 7% e 12%, com prazos de até 18 anos para pagar. Além de ampliar e renovar a frota, o programa tem um caráter de ordenamento pesqueiro, conduzindo a atividade para uma prática ambientalmente sustentável ao financiar a conversão de embarcações que hoje se destinam à captura de recursos pescados em excesso. Com o financiamento, elas podem ser modernizadas e adaptadas para a pesca de outras espécies, pouco exploradas.

            O programa é financiado pelo Fundo da Marinha Mercante, Fundo Constitucional do Norte e Fundo Constitucional do Nordeste e se destina a empresas pesqueiras industriais, armadores de pesca, cooperativas e associações de produtores. Até agora, 28 projetos já foram aprovados pelo Profrota. O Profrota também contribui para o desenvolvimento da indústria naval nacional, já que os navios estão sendo construídos por estaleiros brasileiros.