A pesca precisa de autonomia para continuar crescendo

O ano de 2025 começou agitado, mas com boas perspectivas para a pesca brasileira. As projeções dos especialistas e o movimento do mercado interno e externo indicam que o consumo deve seguir em expansão. Para além das projeções dos especialistas, da produção e da venda, as recentes decisões do MPA (Ministério da Pesca e Aquicultura) com relação à gestão mostram o amadurecimento do diálogo com o Setor produtivo. Cito como exemplos as propostas, ainda não oficializadas, de incluir o tubarão-azul e o peixe-prego como espécies-alvo e de ampliar a cota e o número de barcos de cerco que terão permissão para pescar tainha neste ano. Ambas as decisões são embasadas em dados robustos e um posicionamento firme do Setor industrial.

Ainda enfrentamos uma série de desafios, sobretudo no que tange à gestão conjunta. Mas durante anos a pesca brasileira amargou mudanças ministeriais que interferiram diretamente no andamento dos trabalhos de gestão. E hoje entendemos que o ministro André de Paula e sua equipe trazem confiança e esperança ao Setor pesqueiro. Não apenas por terem reaberto todos os fóruns de discussão, democratizando as discussões, mas também por buscarem entender os desafios reais do dia-a-dia, que na maioria das vezes ultrapassa as informações mostradas através da burocracia. Manter a pesca sob uma gestão forte, que tenha cada vez mais autonomia, é garantir que este Setor tão importante para a economia e soberania brasileira se mantenha nos rumos do crescimento e desenvolvimento. Que façamos todos um excelente ano!