Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região

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Pescaria com sustentabilidade : Comissão Internacional para a Conservação do Atum AtlÂntico

Pescaria com sustentabilidade

 

 

 

A captura comercial do atum nasceu, em Pernambuco, há mais de 50 anos. Nesta semana, o estado tem nova chance de entrar para a história da pesca. E, desta vez, deixar um saldo positivo. É que a posição brasileira na reunião da Comissão Internacional para a Conservação do Atum AtlÂntico (Iccat), que acontece até domingo em Porto de Galinhas, segue a tendência da sustentabilidade. Nessa linha, a delegação brasileira deixará uma marca se conseguir um acordo pela redução das cotas de espécies como espadarte, albacora bandolim e atum azul. Mas, para bater o martelo e garantir a sobrevivência de peixes já ameaçados de extinção, será preciso convencer os 50 países membros, inclusive líderes no setor, como Japão e Espanha. Uma batalha polida que pode definir o futuro dos oceanos.

 

A reunião acontece a portas fechadas, em um cenário semelhante ao de grandes encontros da ONU: cada participante tem na mesa à sua frente uma placa indicando o país que representa e todos usam fones para ouvir a tradução dos discursos. "O encontro não é do Brasil e estamos seguindo normas internacionais. Algumas delegações não querem expor suas posições antes do resultado final", esclareceu o assessor para assuntos internacionais do Ministério da Pesca, Osvaldo Barbosa. O ponto que tem causado maior repercussão é a revisão e redução da cota do atum azul, posicionamento que não foi aprovado no ano passado e despertou grande polêmica entre as entidades ambientais. Neste ano, a expectativa é que o limite passe de 19,5 mil toneladas para 15 mil.

 

A redução foi recomendada pelo comitê científico da Iccat desde o ano passado, mas a comissão cedeu à pressão industrial. A medida, de acordo com entidades ambientais, agravou o quadro da espécie que já não é encontrada no Brasil. O presidente da Iccat, o pesquisador e professor da Universidade Federal Rural de Pernambuco Fábio Hazin, informou que o Brasil é favorável à revisão. Mas as entidades ambientais temem que as decisões entorno do atum azul sirvam para despistar o resto do debate. Ou a ausência dele."Ouvir o comitê científico é o mínimo. Queremos que a pesca do atum azul seja proibida, assim como a de outras espécies", destacou a coordenadora de Oceanos do Greenpeace, Leandra Gonçalves. Ela também defende que o Iccat deveria pressionar os governos a criar métodos de fiscalização e controle da pesca rigorosos.

 

"Não adianta reduzir as cotas e não garantir o cumprimento dos países. As espécies são migratórias e precisam ser protegidas em toda a extensão. É preciso garantir espaço e tempo para elas se reproduzirem", disse Leandra, referindo-se as mais de 30 espécies de atuns, agulhões, dourados e tubarões que estão sob a gestão da Iccat. De acordo com Hazin, a pesca brasileira deverá sofrer interferência diante da nova cota para o espadarte. O limite atual é de 17 mil toneladas capturadas em todos os países membros, sendo 4.720 toneladas no Brasil. A expectativa é que a redução total seja de 2 mil toneladas. "Precisamos de cotas novas se quisermos garantir a sustentabilidade da pesca brasileira, que está começando a crescer", afirmou. A pesca em todo o país é de um milhão de toneladas, sendo 25 mil toneladas em Pernambuco. Mas as novas cotas poderão traçar um novo rumo para o setor pesqueiro e os cardápios de cada país.

 

 

A ordem no mar

 

 

O que é a ICCAT?

É a Comissão Internacional para a Conservação do Atum AtlÂntico que tem a responsabilidade de avaliar os estoques pesqueiros e controlar a pesca de espécies migratórias no Oceano AtlÂntico e Mar MediterrÂneo. São consideradas espécies de atuns e espadartes, agulhões, tubarões e outras.

 

 

O que a reunião vai discutir?

 

Os principais pontos da reunião discutirão a redução da cota de pesca válida para o atum azul e outras espécies, entre elas o espadarte, a albacora bandolim e a albacora do Norte. Além disso, os participantes discutirão estratégias para tornar a comissão mais rigorosa no cumprimento às medidas

 

Quem participa das delegações?

 

Membros do governo de 50 países da região, além de empresários, ONGs, organismos multilaterais como a FAO, representantes das universidades e associações diversas

 

Qual a posição do Brasil?

 

O Brasil é favorável à redução da cota de 19.500 toneladas de atum azul para 15 mil toneladas, além da redução de 17 para 15 mil toneladas na cota do espadarte e da limitação das albacoras. Outros países, como a União Européia, ainda não se manifestaram.

Fonte: Ministério da Pesca, UFRPE, ICCAT

 

 

 

 

Um mar de conflitos (Editorial Jornal do Nordeste)

 

 

 

Os sucessivos conflitos entre os pescadores artesanais do litoral leste estão sendo acompanhados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), como parte dos esforços para devolver a tranquilidade aos pescadores, evitar os métodos ilegais de pesca e normalizar as comunidades dependentes dessa atividade. Na Praia da Redonda, em Icapuí, principalmente, ocorreram escaramuças entre pescadores e aventureiros do mercado da pesca por conta do uso de compressores na captura de peixes. Diante da letargia do poder público em combater, com veemência, os processos corrosivos do fundo do mar, os pescadores se viram na contingência de fazer justiça com as próprias mãos, saída reprovável por alimentar, cada vez mais, os conflitos. Mesmo assim, incendiaram, este ano, três barcos pesqueiros, levando o Ibama a propor um acordo de não violência, em troca de um trabalho de vigilÂncia da pesca predatória. Esta alternativa resultou na retirada de quatro outras embarcações pesqueiras pelos órgãos fiscalizadores.

 

O País, hoje, dispõe do Ministério da Pesca e Aquicultura, originado na antiga Secretaria de Aquicultura e Pesca. Enquanto o novo órgão se aparelha, os problemas necessitam de soluções rápidas para preservar o que resta de um cardápio no qual, outrora, havia todas as espécies marinhas nobres, com exceção do salmão e do bacalhau, peixes de água fria. No Nordeste, a farta produção de peixes, mariscos e crustáceos foi esgotada pelo excesso do esforço de captura e pelo emprego de meios destruidores do "habitat" natural da vida marinha. A lagosta, como principal recurso pesqueiro dos mares nordestinos, sustentou, por décadas, uma próspera indústria, liderando a pauta regional das exportações e abastecendo regularmente o mercado interno. A produção industrial convivia pacificamente com a artesanal, suprindo mercados distintos, até a chegada do atravessador interessado, apenas, no faturamento, sem levar em conta as advertências sobre o uso de instrumentos inadequados de pesca.

 

O oportunismo de poucos afetou a grande indústria e agora se volta para o pescador artesanal. Nos últimos dias, o Ibama se apoiou num aparato policial para dar cumprimento a 28 mandados de busca no combate ao tráfico de lagosta miúda e de crimes correlatos. Foram apreendidos seis barcos pescando camarão próximo à linha da costa; lagosta, com compressor e usando caçoeiras; 58 marambaias e diversos compressores. A pesca artesanal congrega 3.500 barcos, utilizados por profissionais da pesca e também por exploradores dessa atividade sem nenhum compromisso com a preservação do ambiente da pesca. Do choque de interesse surgem os conflitos, descambando para a violência. Quando o Ibama impõe o seu poder fiscalizador, a normalidade volta a reinar. Urge a adoção de providências administrativas para descentralizar essa atuação, com a abertura de unidades locais, capazes de ostentarem a presença do poder público, diante da necessidade do policiamento dos mares. A ação circunstancial não resolve os embates, deixando os pescadores entregues à própria sorte e à ambição de exploradores.

Fonte:Centro de Estudos em Sustentabilidade

 

 

 

 

 

 

 

Legalização de pisciculturas e sanidade de peixes cultivados são temas de curso na Embrapa Amapá

 

 

 

A Embrapa Amapá realiza nesta terça-feira, 10/11, o curso "Como alimentar peixes e evitar doenças na piscicultura", no auditório da instituição de pesquisa, em Macapá. O curso é gratuito, ofertado exclusivamente a piscicultores e técnicos que já fizeram suas inscrições. Foram oferecidas 50 vagas e estão inscritos técnicos de órgãos como Pescap, Senar, Sebrae e piscicultores de várias localidades do Amapá. A programação constará de palestras e debates, pela manhã e à tarde, sobre temas relacionados à legalização de pisciculturas e à sanidade de peixes cultivados, especialmente espécies mais comuns em pisciculturas instaladas no estado do Amapá.

 

Para falar sobre a legalização de pisciculturas, com orientações de como e onde obter a licença ambiental, foi convidado o Engenheiro de Pesca Geraldo Roberto Pinto, coordenador do Núcleo de Recursos Pesqueiros do Ibama do Amapá. Em seguida, a pesquisadora da Embrapa Amapá, Eliane Tie Oba Yoshioka, abordará o tema alimentação e nutrição de tambaqui, tambacu e tambatinga, com destaque paras os tipos de rações, biometria, estocagem e problemas nutriconais. Durante a tarde, Marcos Tavares Dias abordará as formas de cuidados e tratamentos de doenças de peixes cultivados. O curso é ofertado em parceria entre a Embrapa Amapá, o CNPq e a Rede AquaBrasil, coordenada pela Embrapa Pantanal (Mato Grosso do Sul).

 

A oferta deste curso faz parte das atividades do projeto "Aspectos Sanitários e Parasitológicos de Peixes Cultivados em Pisciculturas de Macapá, Estado do Amapá: Diagnóstico e Intervenções", que recebe recursos financeiros do CNPq, Ministério da Agricultura, Rede AquaBrasil (da Embrapa Pantanal, no Mato Grosso do Sul) e Ministério da Pesca e Aquicultura. Por meio deste projeto, em três anos a Embrapa Amapá espera prover o mercado e demais setores da atividade com informações técnico-científicas capazes de estabelecer critérios para programas de sanidade para peixes cultivados no Amapá.

 

Outra linha de trabalho do projeto é a formação de recursos humanos para atuar no setor produtivo do Estado. "Estamos oferecendo cursos e seminários, pois a capacitação de pessoal é importante para o monitoramento constante das condições sanitárias dos cultivos e para o conhecimento das dificuldades enfrentadas pelos piscicultores", disse Marcos Tavares Dias, doutor em Aquicultura.

Fonte: Embrapa Amapá / DulcivÂnia Freitas

 

 

 

Previsão para a navegação e pesca - Região Sul Chuí a Laguna

 

 

Uma frente fria em deslocamento pelo oceano deixa o céu nublado na áreas da pesca. Na quinta-feira, um sistema de alta pressão deixa o tempo firme em boa parte da área de pesca. Alertas: HOJE e AMANHÃ, SEM ALERTA.

 

Previsão para hoje (11/11/2009) - tarde e noite: Quarta-feira, ventos de SE a E, força 2 a 3 e rajadas de 40 a 50 km/h. Ondas de SE a E de 1.0 m e picos de 1.5 a 2.0 m. Mais nuvens e condições de chuva isolada no setor norte da área de pesca, especialmente proximidades de Torres e Laguna. No restante da área, presença de sol entre nuvens.

 

Previsão para amanhã Quinta-feira, ventos de SE a NE, força 2 a 3 e rajadas de 40 a 50 km/h. Ondas de SE a E de 1.0 m e picos de 1.5 a 2.0 m. Sol entre nuvens na área da pesca.

 

Sexta-feira, ventos de E a NE, força 3 a 4 e rajadas de 50 a 70 km/h. Ondas de E de 1.0 a 1.5 m e picos de 1.5 a 2.0 m. Sol entre nuvens na área da pesca.

 

 

 

Previsão para a navegação e pesca - Região Norte Laguna a Paranaguá

 

 

Uma frente fria em deslocamento pelo oceano deixa o céu nublado na áreas da pesca. Na quinta-feira, um sistema de alta pressão deixa o tempo firme em boa parte da área de pesca. Alertas: HOJE e AMANHÃ, SEM ALERTA.

 

Previsão para hoje (11/11/2009) - tarde e noite: Quarta-feira, ventos de SE, força 2 a 3 e rajadas de 40 a 50 km/h. Ondas de SE a E de 0.5 a 1.5 m e picos de 2.0 m. Tempo instável com muita nebulosidade e condições de chuva em boa parte do dia, mesmo assim com períodos de melhoria.

 

Previsão para amanhã Quinta-feira, ventos de SE a NE, força 3 a 4 e rajadas de 40 a 50 km/h. Ondas de SE a E de 0.5 a 1.5 m e picos de 2.0 m. Condições de pancadas isoladas de chuva, especialmente na madrugada e entre a tarde e noite. No decorrer do dia, nebulosidade variável com presença de sol.

 

Sexta-feira, ventos de E a NE, força 2 a 4 e rajadas de 50 a 70 km/h. Ondas de E de 0.5 a 1.5 m e picos de 2.0 m. Condições de pancadas isoladas de chuva, especialmente na madrugada e entre a tarde e noite. No decorrer do dia, nebulosidade variável com presença de sol.

Fonte: Epagri/Ciram.