Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região

Notícias

Peixe na merenda; aproveitamento de subprodutos e resíduos; escassez de mão–de -obra nas indústria

``A principal vantagem é o aspecto educacional, em que criaríamos nas crianças o hábito de comer peixe, formando consumidores futuros que, aí sim, poderão ampliar o mercado.´´ ANTÔNIO CARLOS MOMM, presidente do Sindicato da Indústria de

Pesca de Itajaí (Sindipi)

Que tal peixe na merenda?

Deputados aprovam inclusão do alimento elogiado pelo potencial

nutritivo, mas que exige cuidados extras, no cardápio das escolas estaduais

CARLITO COSTA

FLORIANÓPOLIS

Boas idéias nem sempre são fáceis de colocar em prática. Esse pode ser o caso de um projeto de lei aprovado no mês passado pelos deputados estaduais. O texto, de autoria de Ana Paula Lima (PT), tem dois artigos. O primeiro inclui a carne de peixe na merenda servida nas escolas catarinenses. E o segundo remete ao Conselho Estadual de Alimentação a responsabilidade de detalhar as normas de como isso será feito.

Alimento saudável, produzido em abundÂncia em Santa Catarina, mas pouco consumido fora do litoral, o peixe é indicado por nutricionistas para crianças em idade escolar. Mas a logística necessária para distribuir o alimento em larga escala pode in inviabilizar a idéia da deputada ou, se mal implementada, até colocar em risco a saúde das crianças.

O projeto ainda precisa ser sancionado pelo governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB) para virar lei. Depois, terá de ser regulamentado para que possa interferir no cardápio servido nas escolas. A preocupação com os riscos de oferecer peixe na merenda das 450 mil crianças do ensino infantil e fundamental alimentadas diariamente pela Secretaria de Estado da Educação apareceu já na tramitação do projeto.

Uma emenda acrescentada ao texto original exige que o peixe incluído no cardápio seja industrializado, proibindo que o pescado seja entregue fresco diretamente na escola.

``A emenda até melhorou o projeto original´´, disse a deputada Ana Paula Lima. ``E não vai prejudicar o pequeno produtor, porque ele já fornece peixe para a indústria.´´ Mesmo tratando-se de um alimento bastante perecível, a deputada acredita que o Estado pode ter um controle sufi ciente da qualidade do alimento para que ele seja servido nas escolas sem problemas. ``A Secretaria de Saúde, por meio da VigilÂncia Sanitária, já tem uma série de controles para garantir essa qualidade e haverá uma fiscalização´´, argumentou. A deputada vê no projeto a inclusão de um alimento saudável na dieta das crianças, o aproveitamento local de um produto existente em abundÂncia no Estado e uma oportunidade de geração de trabalho e renda para pescadores.

A nutricionista Luciana Azevedo do Nascimento coordena o Programa Mesa Brasil, do Serviço Social do Comércio (Sesc), que procura oferecer alimentação saudável a comunidades carentes. Para Luciana, não há dúvida de que é uma boa idéia oferecer peixe às crianças. ``É um alimento rico em proteínas e cálcio, que auxilia no crescimento e na formação de células, além de contribuir para uma alimentação diversifi cada, já que muitas crianças que moram afastadas do mar ou de rios nem sempre têm acesso e essa comida´´, explicou.

Mas há a contrapartida da segurança alimentar, ressalva Luciana. ``O peixe apresenta dois tipos de riscos: o físico, por causa da espinhas, e o biológico, em razão da contaminação por bactérias.´´ Para a nutricionista, trata-se de uma alimento muito perecível e que, por isso, precisa de cuidados extras. ``Desde a hora em que ele é pescado até ser consumido pelo aluno, passando pela forma como é armazenado e transportado, tem de haver um controle muito rígido. O ideal é que ele passe por um processo de congelamento e seja mantido em temperatura abaixo de zero até ser preparado para o consumo´´, alerta.

Experiência bem sucedida em Timbó Em Timbó, no Vale do Itajaí, a Prefeitura inclui desde o ano passado a carne de peixe na merenda de 3 mil crianças da rede municipal. São seis escolas de ensino fudamental, 13 unidades pré-escolares e nove creches. A empresa que venceu a licitação este ano é a Comapeixe, uma cooperativa local de piscicultores que oferece o alimento em filés congelados. ``A opção se deu pela preocupação com a qualidade da merenda, por ser um alimento muito adequado para as crianças, rico em vitaminas A, D e complexo B, além de sais minerais, cálcio, magnésio e fósforo, contribuindo até para o melhor  desempenho escolar´´, explicou a coordenadora de alimentação escolar da Prefeitura de Timbó, Claraci Ferrari Butzke. Mas Claraci também vê com ressalvas a implementação da medida em escala estadual. ``Aqui, em Timbó, nós conseguimos ter um bom controle de qualidade, porque, como são poucos alunos, trabalhamos com uma quantidade em torno de 360 quilos por dia´´, disse. ``Mas em escala maior, se você trabalhar com algo como duas toneladas de filés de peixe, o controle tem de ser muito maior, a logística tem de estar muito azeitada para garantir que não haja risco. ´´O alimento não pode ser recongelado e, se transportado por distÂncia razoável, pode ser exposto a calor excessivo e se deteriorar.

``O ideal seria comprar o alimento de forma descentralizada, perto da escola´´, sugeriu Claraci.

Opção por sardinha enlatada para evitar problemas. O alimento já está presente no cardápio de escolas públicas de Santa Catarina, ainda que raramente na forma de carne de peixe como propõe o projeto de lei. De acordo com a diretora de Assistência do Estudante da Secretaria de Estado da Educação, Rogéria Rebello Diegoli, o cardápio servido a 450 mil alunos da educação infantil e ensino fundamental de escolas públicas do Estado inclui peixe enlatado. As sardinhas ou cavalinhas são usadas como ingredientes em algumas receitas preparadas pelas merendeiras, como tortas salgadas.

Rogéria explica que a opção pelo peixe enlatado se deveu exatamente por causa do risco envolvido. ``Parte dos alimentos da merenda é comprada de forma centralizada pela Secretaria da Educação e depois remetida às secretarias regionais, que distribuem para as escolas. Para os alimentos perecíveis, a secretaria transfere dinheiro para uma conta específica de cada escola e o diretor faz a compra no mercado local´´, explicou a diretora. ``Mas normalmente as escolas não compram peixe in natura, por causa das espinhas.´´

Empresário diz que não há tanto risco O presidente do Sindicato da Indústria de Pesca de Itajaí (Sindipi), Antônio Carlos Momm, minimiza os riscos à saúde das crianças com a eventual inclusão da carne de peixe na merenda. ``Certamente isso seria feito com o uso da carne congelada ou enlatada, o que não traz problemas, desde que o alimento seja manipulado de forma adequada, como qualquer outro´´, argumentou Momm. ``O peixe, assim como a carne bovina e o frango, precisa ser mantido à temperatura adequada para ser conservado. Não existe registro no Brasil de intoxicação provocada especificamente por carne de peixe´´, defendeu. Momm acredita que a medida não teria um grande impacto imediato nos negócios do setor pesqueiro do Estado, mesmo assim vê a idéia como positiva. ``A principal vantagem é o aspecto educacional, em que criaríamos nas crianças o hábito de comer peixe, formando consumidores futuros que, aí sim, poderão ampliar o mercado´´, disse o empresário. Momm argumentou que Santa Catarina é responsável por 80% da produção nacional de pescado, mas que a maior parte não é consumida no Estado. ``O hábito de comer peixe está ainda restrito ao litoral. É um alimento abundante aqui e saudável, o único que não leva nenhum produto químico e não faz mal, como ocorre com o excesso de carne vermelha´´, afirmou.

FONTE: A NOTÍCIA, domingo, 07 de outubro de 2007-10-11 Texto: CARLITO COSTA

De FLORIANÓPOLIS

 

SIMPÓSIO

ITAL realiza simpósio de aproveitamento de subprodutos e resíduos

Evento vai contar com palestras e apresentações de trabalhos científicos

 

10/10/2007

``Todo processamento de alimentos, gera um resíduo ou um subproduto´´, afirma a pesquisadora do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL-APTA/SAA*) Jane Menegaldo Snow. O que fazer com esse ``resto´´, que pode ser muito valioso e útil é, por isso, uma questão bastante freqüente entre os produtores e empresas. Discutir caminhos já existentes e possibilidades é o objetivo do Simpósio Brasileiro de Aproveitamento de Subprodutos e Resíduos da Indústria de Alimentos, a ser realizado nos dias 17 e 18 de outubro, no auditório central do ITAL. O Simpósio é uma realização do Grupo de Integração do ITAL, criado para promover maior interação entre os diversos campos de atuação do Instituto.

 

Saber aproveitar esse resultado do processamento de produtos alimentícios pode significar agregação de valor, geração de energia e contribuição ao meio ambiente. Apesar de o País ainda dar passos iniciais na área, as perspectivas são boas. ``No Brasil, estamos com uma ênfase importante, já acordamos para isso. Esse simpósio está em um momento bastante apropriado, em que podemos ter uma perspectiva de avanço rápido, já que as pesquisas estão sendo incentivadas´´, reforça Jane, uma das organizadoras do evento.

 

Por ser um simpósio nacional, duas características principais podem ser destacadas: a abordagem de produtos importantes para regiões distintas do Brasil, como café, mandioca, cana-de-açúcar e soja; e o recebimento de trabalhos. Foram enviados 21, entre os quais 14 serão apresentados – 12 em forma de pôster e dois oralmente. ``Isso é importante para podermos aprender com as pesquisas que estão sendo feitas´´, enfatiza a pesquisadora. Os autores dos trabalhos que vão ser apresentados de forma oral serão premiados.

 

Além dessas apresentações, os participantes vão assistir a palestras sobre os seguintes temas:

 

• Benefícios ambientais das tecnologias de aproveitamento de subprodutos e resíduos medidos pela técnica de avaliação de ciclo de vida – ACV;

• aproveitamento de resíduos e subprodutos das indústrias agropecuárias

• O mercado de créditos de Carbono;

• aproveitamento de subprodutos de cana de açúcar;

• melhor aproveitamento de co-produtos da indústria de alimentos com o uso de enzimas;

• aproveitamento de subprodutos do processamento do café;

• aspectos funcionais fisiológicos da proteína do soro de leite;

• soro de leite: propriedades e alternativas para o seu aproveitamento na indústria de alimentos;

• soro de queijo: soluções e oportunidades - filtração por membranas;

• aproveitamento de plasma sanguíneo no processamento de alimentos;

• aproveitamento de subprodutos da indústria de mandioca;

• resíduos da indústria de alimentos à base de soja.

 

Serviço: Simpósio Brasileiro de Aproveitamento de Subprodutos e Resíduos da Indústria de Alimentos

Local: ITAL – Instituto de Tecnologia de Alimentos

Avenida Brasil, 2880 Campinas - SP

Data: 17 e 18 de outubro de 2007

Mais informações: (19) 3743-1758 / (19) 3743-1759

Investimento:

Profissionais: 360 reais

Estudantes: 180 reais

*Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios / Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo

 

INDÚSTRIA

Escassez de mão-de-obra qualificada preocupa a indústria

Brasília - Representantes da indústria levaram ontem ao ministro Miguel Jorge, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, durante a reunião do Conselho Consultivo do Setor Privado (Conex), preocupações dos setores exportadores quanto a diversos temas, entre eles o cÂmbio, as dificuldades de logística e, principalmente, a escassez de mão-de-obra qualificada. "No Brasil, obter mão-de-obra qualificada para trabalhar na indústria é um problema quando a economia volta a crescer. Existe uma escassez de oferta", afirmou o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto.

O presidente do conselho de administração da Companhia Vale do Rio Doce, Roger Agnelli, fez coro com o presidente da CNI e afirmou que as empresas brasileiras, principalmente aquelas que disputam mercados internacionais, têm dificuldades para encontrar trabalhadores especializados. "Há uma escassez de soldador, engenheiro eletricista, geólogo, engenheiro mecÂnico. O Brasil está sendo fornecedor de mão-de-obra especializada para fora e isso agrava mais a situação", disse Agnelli, ao término da reunião do Conex.

Para o executivo, é necessário ter uma "política de educação mais forte".  "As empresas têm também de participar. Mas é preciso uma política do governo. Temos de ter treinamento e educação fortes", afirmou. Agnelli reconheceu o esforço do Serviço Social da Indústria (SESI) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) na formação de profissionais para o setor. "Sem eles a situação estaria ainda pior", concluiu.

Monteiro Neto lembrou que a CNI lançou recentemente o programa Educação para a Nova Indústria, que vai investir R$ 10,45 bilhões entre 2007 e 2010 na formação de16,2 milhões de trabalhadores para a indústria, com um aumento médio de 25% nas matrículas em relação aos patamares atuais. "As entidades do Sistema S, em especial o SESI e o SENAI, estão ampliando os investimentos em educação", disse o presidente da CNI.

Roger Agnelli citou ainda a necessidade de realização de intercÂmbio profissional com outros países. "Hoje não tem. E esse intercÂmbio tem de existir", defendeu. Segundo ele, os entraves hoje enfrentados, como a demora na emissão do visto de trabalho, são questões simples de resolver. CNI

 

 

 

 

 

COTAÇÃO DO DÓLAR

11/10/2007 - 14h41

Otimismo global mantém dólar a R$ 1,79, menor taxa desde 2000

EPAMINONDAS NETO

da Folha Online

A moeda americana segue em queda nos negócios desta quinta-feira. O dólar comercial é negociado a R$ 1,791 para venda, com retração de 0,72% na véspera do feriado.

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) também opera com marcas históricas. O Ibovespa, indicador que acompanha as ações mais negociadas, sobe 1,01% e bate inéditos 63.833 pontos. O volume financeiro é de R$ 3,17 bilhões. Nos EUA, as Bolsas locais também operam em níveis recordes: o Dow Jones, índice de referência mundial, ultrapassa a barreira dos 14.166 pontos.

O otimismo global, que faz o dólar desvalorizar aqui e diante de outras moedas, é alimentado por uma nova rodada de indicadores positivos nos EUA: o déficit comercial caiu para seu menor nível desde janeiro, com exportações recorde; um decréscimo no total de pedidos de auxílio-desemprego.

Os indicadores reforçam a percepção de que a economia americana não está à beira de uma recessão. Ao mesmo tempo, investidores continuam a apostar que o Federal Reserve (banco central dos EUA) vai continuar a reduzir a taxa de juros básicos do país ainda neste mês.

Internamente, profissionais de mercado também encontram motivos para o dólar cair: todas as perspectivas apontam para a continuidade do fluxo de recursos para o país. A balança comercial brasileira continua superavitária, isto é, as exportações continuam maiores que as importações; e o país ainda é o destino de investidores estrangeiros, interessados nas marcas históricas da Bolsa de Valores.

Economia global

O otimismo dos investidores teve seu principal estímulo quando o Fed (o banco central dos EUA) reduziu os juros básicos da economia americana, em setembro. Ainda em agosto, a autoridade monetária mostrou que estava disposta a tomar medidas drásticas para evitar uma recessão na maior economia do planeta, injetando bilhões de dólares no sistema bancário, para evitar um crise de contração de crédito.

Essa mudança de humor --do pÂnico para o otimismo-- tem resistido a várias "provas de fogo": bancos que divulgam balanços ruins e alguns indicadores econômicos desfavoráveis. Essa resistência tem como base a expectativa de que o Fed vai promover uma nova rodada de juros mais baixos, em sua reunião no final deste mês.

O mercado também sustenta seu bom humor sobre as perspectivas positivas da economia global, algo já admitido pelo próprio Fed em documentos recentes. Embora analistas contem com uma desaceleração da economia americana, esperam um crescimento pelo menos moderado na Europa e na Ásia. Também há um sentimento mais favorável quanto as economias emergentes.

 

REDE VAREJISTA

11/10/2007 - 14h18

Wal-Mart eleva projeção de lucros para o terceiro trimestre

da Folha Online

A rede varejista americana Wal-Mart Stores --maior do mundo-- elevou nesta quinta-feira sua previsão de lucros para o terceiro trimestre, com o controle de custos efetuado pela empresa no período.

A expectativa agora é de que os lucros da empresa fiquem entre US$ 0,66 e US$ 0,69 por ação, contra uma previsão anterior de US$ 0,62 a US$ 0,65 por ação. O executivo-chefe do Wal-Mart, Lee Scott, disse que a nova previsão reverterá o "desempenho bastante negativo" registrado no segundo trimestre.

"Vimos uma melhora e uma indicação de que estamos de volta aos trilhos no trimestre", disse Scott.

"Nos dois primeiro meses do trimestre, vimos uma melhora nas margens iniciais e no equilíbrio de despesas, o que levou a essa mudança", disse o diretor-financeiro da empresa, Tom Schoewe.

As vendas da rede nos EUA tiveram aumento de 1,4% nas mesmas lojas (abertas há pelo menos um ano) em setembro, impulsionadas principalmente pelas vendas na divisão Sam's Club. No mesmo período do ano passado, o crescimento havia sido de 1,6%.

A expectativa dos analistas era de que a rede viesse a apresentar um crescimento de 1,8% nas vendas nas mesmas lojas no ano passado.

 

INFORME ABRAPI

A CPMF e o burro falante

No Brasil atual, é apenas uma questão de tempo que o povo se levante contra o poder tributário de Brasília

*por PAULO RABELLO DE CASTRO

 

CERTA VEZ, um rei ofereceu uma grande recompensa para quem ensinasse seu burro a falar. Mas, para quem fracassasse na tentativa a punição seria a morte. Candidatou-se apenas um homem, em todo o reino, já condenado por outro crime. O desafiante começou a tarefa com grande empenho. Mas, por certo, o burro não aprendia nada. Quando questionado por curiosos sobre o porquê de haver aceito tarefa impossível, respondeu com simplicidade: "É que antes morre o burro, ou morre o rei, ou então, morro eu".

O desafio do presidente Lula, ao buscar prorrogar a CPMF como "imposto justo", é em tudo semelhante ao do condenado que tenta fazer o burro falar. A tentativa é desmoralizadora, pois empurra o governante a expor uma "lógica" ainda mais desconcertante, como afirmou o próprio Lula, ainda na semana passada, "ser obrigação do presidente, do governador, do prefeito, arrecadar o máximo que puder" para poder, depois redistribuir a quem não tem.

A lógica da arrecadação máxima vem de longe. Povos inteiros, desde a remota Antiguidade, têm sido escorchados por seus dominadores. Contudo, desde sempre, os conquistadores mais espertos sabiam moderar e equilibrar o que sacavam do povo por eles dominado, para não matar a galinha com seus ovos de ouro. No século 18, aqui no Brasil, a Inconfidência Mineira foi sufocada por reagir à "derrama" dos 25% cobrados pelos lusitanos ao ouro brasileiro. Em 1776, George Washington levantou os americanos contra o excesso de taxação de impostos pelos ingleses sobre suas 13 colônias.

No Brasil atual, é apenas questão de tempo que o povo se levante contra o poder tributário de Brasília. Esta, sim, é a grande injustiça contra a qual deveria se insurgir o presidente, que tem a representação direta do seu povo.

Brasília engana o povo quando não estampa, no rótulo das mercadorias, a carga dos tributos incidentes no preço final. A camada da população que o presidente busca defender e preferenciar recolhe impostos e contribuições num montante dez vezes superior à suposta redistribuição fiscal promovida pelos "auxílios do Estado" como Bolsa Família e outros. O Estado, que dá com uma mão, tira com outras dez.

O efeito global, macroeconômico, da carga tributária exagerada do Brasil é ainda pior. Calculamos o efeito da carga haver pulado de 30% para 35% do PIB nos últimos anos. O governo hoje arrecada quase 40% de tudo o que se produz no país. O efeito disso é devastador para o próprio crescimento, pois o PIB perdeu 1,5 ponto do seu potencial de expansão anual. Exemplo: neste ano vamos crescer 4,5%; poderíamos crescer mais 1,5 ponto, ou seja, 6% anuais.

A conta de empregos perdidos, renda não circulada e, também, de tributos não recolhidos, em decorrência do excesso de carga tributária, é maior do que toda a CPMF arrecadada por Brasília!

Tentar provar que a arrecadação truculenta de tributos corresponde a uma política de redistribuição social é querer convencer a todos que o burro vai aprender a falar.

Tão certo quanto burro não fala é a certeza da rebelião popular contra a avalanche dos tributos e contra o poder que os impõe. Lula, que cresceu como legitimo líder dos interesses populares, posaria melhor na foto se ao lado dos que hoje padecem com a carga tributária mais burra do planeta.

Fonte: Folha de São Paulo

 

CLIMA E MARÉ

AVISO METEOROLÓGICO 77/2007

DATA: 11/10/07

Feriado e fim de semana com tempo instável, chuva e risco de temporais em SC.

No feriado de sexta-feira, uma frente fria se desloca pelo RS e SC, deixando o tempo instável com chuva principalmente no Oeste e Meio-Oeste catarinense, nas outras regiões do estado variação de nuvens com chuva pela manhã e no decorrer da tarde. As áreas de instabilidade, associadas à frente fria, ganharão força durante a tarde de sexta-feira e as chuvas podem ser de forte intensidade por alguns momentos, acompanhadas de descarga elétrica, ventos fortes e risco de granizo isolado em todas as regiões. O acumulado de chuva no Oeste poderá ficar entre 60 e 80mm. No sábado a frente fria se afasta para o Sudeste do Brasil e ocorrem aberturas de sol principalmente no Oeste e Meio-Oeste com mais nuvens, e chance de chuva isolada no início e fim do dia, da Grande Florianópolis ao norte. O sol continua predominando na maior parte do dia de domingo mas, para a tarde, há previsão de pancadas isoladas de chuva, especialmente oeste ao sul catarinense. As temperaturas não subirão muito por causa da cobertura de nuvens.

No litoral catarinense, o vento varia de nordeste a noroeste, virando para sul a partir da tarde de sábado,  com intensidade moderada e rajadas que deixam o mar agitado com ondas de 2,5 a 3 metros, as mais altas em áreas afastadas da costa.

Marilene de Lima - Meteorologista

Setor de Previsão de Tempo e Clima - Epagri/Ciram

 

Previsão para a navegação e pesca - Região Norte

Laguna a Paranaguá

ATUALIZADO EM 11/10/2007 11:27

Velocidade do vento em Escala Beaufort, rajada em Km/h.

Condição de mar em Escala de estado do mar, ondas em Metros.

Análise do tempo: Novas áreas de instabilidade provocam variações na nebulosidade e chuva isolada, especialmente no final de sexta-feira na região de pesca.

 

Alertas: AMANHÃ, MAR AGITADO E VENTOS FORTES NO SUL DE FLORIANÓPOLIS.

 

Previsão para hoje (11/10/2007) - tarde e noite: Quinta-feira, ventos de SE a E, força 3 e rajadas de 40 km/h. Ondas de E a NE de 1.0 a 1.5 m e picos de 2.0 m. Persistem condições de nebulosidade variável e chuva isolada no período noturno.

 

Previsão para amanhã Sexta-feira, ventos de NE a NW, força 3 a 4 e rajadas de 40 a 60 km/h. Mais intensas ao sul de Florianópolis. Ondas de SE a E de 1.5 a 2.0 m e picos de 2.5 a 3.0 m. Mais altos ao Sul de Florianópolis. Persiste as condições de nebulosidade variável e chuva no final do dia.

 

Tendência: Sábado, ventos de N a S, força 3 a 4 e rajadas de 40 km/h. Ondas de SE de 2.0 a 2.5 m e picos de 3.0 a 3.5 m. Domingo, ventos de SE, força 3 a 4 e rajadas de 40 a 50 km/h. Ondas de SE de 2.0 a 2.5 m e picos de 3.0 m. Segunda-feira, ventos de SE, força 3 a 4 e rajadas de 40 km/h. Ondas de SE de 2.5 a 3.0 m e picos de 3.5 m. Sábado o tempo melhoram e o sol aparece entre nuvens. No domingo, muitas nuvens com aberturas de sol e chuva no final do dia. Na segunda-feira, nublado com chuva ocasional.

 

Clóvis Correa – meteorologista

 

Previsão para a navegação e pesca - Região Sul

Chuí a Laguna

ATUALIZADO EM 11/10/2007 11:27

 

Velocidade do vento em Escala Beaufort, rajada em Km/h.

Condição de mar em Escala de estado do mar, ondas em Metros.

Análise do tempo: A formação de uma nova frente fria no RS ocasiona nebulosidade com chuva, ventos fortes e temporal na área de pesca.

 

Alertas: HOJE, MAR AGITADO E VENTOS FORTES. AMANHÃ, MAR MUITO AGITADO E VENTOS FORTES.

 

Previsão para hoje (11/10/2007) - tarde e noite: Quinta-feira, ventos de SE a E, força 4 a 5 e rajadas de 50 a 60 km/h. Mais intensas afastado da costa de Tramandaí a Rio Grande. Ondas de SE a E de 2.0 a 2.5 m e picos de 3.0 m. Mais altos no final do dia. Tempo encoberto com chuva de mederada a forte em alguns momentos.

 

Previsão para amanhã Sexta-feira, ventos de SE a NE, força 4 a 6 e rajadas de 60 a 80 km/h. Mais intensas afastado da costa. Ondas de SE a E de 2.5 a 3.5 m e picos de 4.0 a 5.0 m. Persistem as condições de tempo instável com chuvas e temporal isolado.

 

Tendência: Sábado, ventos de N a SE, força 3 a 4 e rajadas de 40 a 50 km/h. Ondas de SE a E de 2.5 a 3.5 m e picos de 4.0 a 5.0 m. Domingo, ventos de SE a E, força 4 a 5 e rajadas de 50 a 60 km/h. Ondas de SE a E de 2.0 a 2.5 m e picos de 3.0 a 3.5 m. Segunda-feira, ventos de E a NE, força 4 a 5 e rajadas de 60 a 70 km/h. Ondas de E a NE de 1.5 a 2.0 m e picos de 2.5 a 3.0 m. O tempo melhora a partir do sábado com a chegada de uma nova massa de ar frio.

 

Clóvis Correa - meteorologista

 

Prognósticos:

.Río Uruguay

Vientos: S al SE fuerza 3/4, períodos de fuerza 5.

Nubosidad y fenómenos asociados: nuboso y cubierto. precipitaciones y tormentas aisladas principalmente al norte del área. Neblinas.

Visibilidad: buena, períodos de regular y mala por precipitaciones.

Tendencia próximas 48 horas: Vientos: SE fuerza 4/3. Cielo: cubierto a nuboso, algunas lluvias y lloviznas, mejorando.

.Río de la Plata

Vientos: SE fuerza 4/6. períodos de fuerza 7.

Nubosidad y fenómenos asociados: nuboso y cubierto, lluvias y lloviznas aisladas.

Visibilidad: buena. luego períodos de regular por lluvias y lloviznas.

Olas: Zona W: 1.0 - 1.5 m Zona E: 1.5 - 2.5 m

Tendencia próximas 48 horas: Vientos: SE fuerza 6/5. Cielo: cubierto y nuboso, lluvias y lloviznas. mejorando.

.Mar Territorial Uruguayo

Vientos: SE al E fuerza 5/6. Períodos de fuerza 7.

Nubosidad y fenómenos asociados: nuboso y cubierto, lluvias y lloviznas.

Visibilidad: buena, luego períodos de regular por lluvias y lloviznas.

Olas: 2.5 - 3.5 m

Tendencia próximas 48 horas: Vientos: E al SE fuerza 4/6 períodos de fuerza 7. Cielo: nuboso y cubierto con lluvias y lloviznas, mejorando.

.Río Grande del Sur

Vientos: SE al E fuerza 5/6. períodos de fuerza 7/8.

Nubosidad y fenómenos asociados: nuboso y cubierto, lluvias y tormentas aisladas. mejoras temporarias.

Visibilidad: buena, períodos de regular por lluvias.

Olas: 2.5 - 3.5 m

 

 

.Provincia de Buenos Aires

Vientos: SE al E fuerza 5/3..

Nubosidad y fenómenos asociados: nuboso y cubierto con lluvias y lloviznas aisladas hacia la noche.

Visibilidad: buena, períodos de regular por lluvias.

Olas: 2.0 - 2.5 m