Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região

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Netuno adquire uma central de distribuição própria; Seap vai lançar o processo de licitação para cri

CLIPPING SINDIPI II

ITAJAÍ, 19 DE DEZEMBRO DE 2007

 

Netuno adquire uma central de distribuição própria para armazenar até 4 mil ton., sendo 80% de congelados; Seap vai lançar o processo de licitação de área para criação em cativeiro de peixes em águas oceÂnicas.

 

 

 

pescado

LogWeb Jornal LogWeb

18/12 20:48

Netuno, do pescado ao alpiste

 

     Por Gabriela Souza Leão, especial de Recife para a LogWeb A Netuno Alimentos (Fone: 81 2121. 6868), umas das maiores empresas de pescados do Brasil, está ampliando suas atividades. Antes, especializada na produção, industrialização e comercialização de pescados e frutos do mar, a Netuno tinha 80% do seu volume destinado ao mercado externo. Porém, as mudanças no cenário econômico mundial, somadas à desvalorização do dólar em relação ao real, fizeram com que a empresa adotasse uma nova estratégia, dessa vez voltada para o mercado interno.

      Para atender às necessidades do mercado brasileiro, a empresa deixou de trabalhar exclusivamente com frutos do mar e ampliou seu mix de produtos. O primeiro passo para concretizar essa nova estratégia comercial foi a aquisição de uma central de distribuição própria que proporcionasse a autonomia e a flexibilidade que a empresa necessitaria.

      O novo CD da Netuno tem capacidade para armazenar até quatro mil toneladas, sendo 80% de congelados e o restante dividido entre resfriados e secos. Atualmente, a empresa armazena e distribui, além do tradicional pescado, diversos cortes de aves e carnes, vegetais congelados, embutidos, lacticínios e produtos diversificados, como azeitona, ameixa, uva passa, enlatados, alho e até mesmo alpiste. "A aquisição de um CD próprio era fundamental para que pudéssemos trabalhar com essa diversidade de produtos, precisávamos de uma base para centralizar nossas atividades logísticas", explica o gerente de logística da Netuno, Diego Fávero. Porém, ele destaca que cada produto exige um tratamento específico.

      "Trabalhar com essas diferentes categorias de produtos alimentícios exige um conhecimento aprofundado das particularidades de cada uma delas, sem contar que exige uma estrutura de armazenagem e transporte voltada para atender às necessidades individuais de cada segmento."

      A ampliação do mix de produtos traz várias vantagens competitivas. Quem trabalha com logística sabe a importÂncia de se ter sempre altos índices de ocupação nos armazéns. "Antes, quando trabalhávamos 100% com pescado, nossos níveis de ocupação estavam diretamente ligados à sazonalidade. Isso fazia com que fossemos extremamente eficientes durante os períodos de grande demanda e atingíssemos altos níveis de ociosidade nos períodos de baixa. Agora temos um equilíbrio durante todo o ano", diz Fávero.

      O gerente de transporte da Netuno, Jean Lyra, afirma que isso também refletiu positivamente no seu setor. "Nossa taxa de ocupação por veículo na distribuição aumentou consideravelmente. Isso porque, com uma maior opção de produtos, nossos clientes preferem fazer uma única compra, ao ter que perder tempo negociando com diferentes fornecedores, além de poderem receber tudo em uma única entrega, o que reduz os problemas com as diversas janelas que precisavam ser organizadas durante o dia." As mudanças também en-volveram os cerca de 140 profissionais, entre equipe administrativa e operacional, que trabalham durante 24 horas, na logística da Netuno. "Para que isso acontecesse, foi necessário que revíssemos todo o nosso conceito de distribuição, uma vez que cada entrega se transformaria em um processo complexo de segregação de itens por suas respectivas categorias. Não podíamos admitir que o fato de estarmos trabalhando com produtos diferentes comprometesse a qualidade da temperatura ou ocasionasse uma menor eficiência na entrega. Todos os profissionais de entrega passaram por treinamentos de capacitação com esse novo conceito", explica Lyra.

      Todo esse processo de ampliação contou com apóio do WMS (Warehouse Management System) da empresa Datasul. "Esse sistema permitiu que o aumento de SKU’s não comprometesse a qualidade do gerenciamento dos nossos estoques, e garantiu a eficiência do nosso processo de expedição, onde velocidade e segurança são fundamentais", destaca Fávero.

      O CD está comemorando um ano de atividades, e os planos para o futuro não param de surgir. A prova do sucesso dessa nova estratégia deve-se ao fato de que já existem planos para uma expansão. "Em breve precisaremos ampliar nossa estrutura física em função do crescente volume com o qual estamos operando. Isso porque o CD tem um papel fundamental na estratégia comercial da empresa, servindo como um pulmão para as filiais de Fortaleza, São Paulo e Salvador, aberta recentemente" aponta o gerente de logística. Essas unidades trabalham com estruturas de armazenagem terceirizadas.

      Empresas especializadas como a Friozen, no Ceará, a Localfrio, em São Paulo, e a Cefrinor, na Bahia, são os parceiros com os quais a Netuno desenvolve atividades logísticas.

      Baixo custo com eficiência Apenas adquirir o CD não era suficiente. As operações logísticas precisavam se mostrar rentáveis para justificar a aquisição de uma estrutura própria. "A palavra custo, desde o início, fez parte do dia-a-dia dos colaboradores, todos estão engajados nesse objetivo de reduzi-lo. Os KPI’s da logística são apresentados mensalmente ao corpo de diretores da Netuno e as linhas de custo são abertas e avaliadas para cada uma de nossas operações.

      Hoje já sabemos com precisão o quanto custa nossa logística, o que nos permite avaliar o quanto somos eficientes em relação ao mercado", completa Fávero.

 

 

Secretaria Especial de Aqüicultura

Valor Econômico Restrito

18/12 03:12

União licitará água oceÂnica para criação em cativeiro

 

     A Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca (Seap) vai lançar ainda neste mês o primeiro processo de licitação de área para criação em cativeiro de peixes em águas oceÂnicas. A área, de 169 hectares, fica no litoral de Pernambuco e será para a criação de bijupirá. A abertura das propostas das empresas interessadas ocorrerá depois de 30 dias.

     A possibilidade de cessão de águas oceÂnicas para a criação de peixes em cativeiro existia desde a redação do Decreto 4.895, de 2003, mas ainda não havia ocorrido por um entrave burocrático. A Secretaria de Patrimônio da União, que ficaria responsável pelas licitações, não dispõe de profissionais que pudessem fazer a análise técnica das propostas. Com a Instrução Normativa 01/2007, a tarefa passou a ficar sob a responsabilidade da Seap.

     O primeiro desdobramento da mudança ocorreu na semana passada, com a cessão de 73 áreas destinadas à aqüicultura no lago de Itaipu. Todas ficarão a cargo de pequenos criadores que residem no entorno do alagado - alguns deles já trabalhavam na área, mas ainda sem a licença. A licitação em Pernambuco, em contrapartida, terá empresas como público-alvo. A vigência do contrato do vencedor da licitação será de 20 anos.

     "Antes, um processo como esse podia durar um ano e meio. Os interessados acabavam perdendo o interesse. Agora, queremos reduzir isso para três meses", afirma Felipe Matias, diretor de desenvolvimento da aqüicultura da Secretaria da Pesca.

     A maior agilidade, diz Matias, aumentará o potencial de atração de investidores estrangeiros - empresas da Espanha, Noruega e Escócia lideram as prospecções de negócios no mercado brasileiro. "Mas não vamos priorizar os grandes projetos. Vamos trabalhar tanto com os grandes quanto com a cessão de áreas pequenas, como as de assentamentos", afirma o diretor.

     A criação em cativeiro tem potencial para impulsionar a atividade pesqueira no Brasil. Segundo estudo que será divulgado hoje, elaborado em conjunto pela Seap e a Agência das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), a produção da aqüicultura no país, que atualmente é de cerca de 270 mil toneladas, deverá atingir 757 mil toneladas.

     O estudo projeta dois cenários. O mais otimista aponta para as mais de 750 mil toneladas - a maricultura representará mais de 350 mil toneladas nessa projeção. A pessimista fala que a produção poderá chegar a 323 mil toneladas em quatro anos. A avaliação é de que um dos entraves que poderiam fazer a projeção tender para baixo foi resolvido com a mudança no processo de licitação de águas da União.

     O Brasil produz, ao todo, 1 milhão de toneladas de pescado, mas há potencial para elevar esse volume para 1,7 milhão até 2011. "Com um preço médio de US$ 2 por quilo de pescado, o mercado pode movimentar US$ 3,5 bilhões", diz Matias.

     O aumento da produção estimado pelo estudo da FAO poderá ter como desdobramento o aumento do consumo - que, de sete quilos por habitante ao ano, ainda é considerado baixo pelo governo. O preço baixo poderia, por outro lado, desestimular os criadores. "Nós vamos disponibilizar as áreas. O mercado é que vai dizer se a produção é rentável", afirma o diretor.

 

 

 

pesca

G1 Plantão

18/12 00:02

Brasil aprova controle de qualidade panamenho para frutos do mar

 

     Panamá, 17 dez (EFE).- O Panamá entrará no mercado brasileiro com suas exportações de produtos marítimos, após receber o aval do Brasil aos seus controles de qualidade e auditorias sanitárias, informou hoje uma fonte oficial.

      O chefe do Departamento de Proteção de Alimentos (DEPA) do Ministério da Saúde do Panamá, Reynaldo Lee, disse que o aval do Governo brasileiro "garante a exportação de produtos marítimos e permite entrar no mercado do Brasil".

      "Sendo o Brasil o maior país da América do Sul, o reconhecimento é proveitoso, porque facilitará a entrada dos produtos do Panamá em outras nações do Mercosul e na Comunidade Andina", disse Lee.

      O Panamá exporta mais de US$ 660 milhões anuais em camarão, crustáceos, lagostas, atum, farinha de pescado e tilápias, entre outros, destacou o Ministério. EFE